Erro ortográfico em placas e anúncios comerciais é alvo de pesquisa em Manaus

21/06/2012 Pesquisa realizada na zona leste de Manaus aponta que mais de 50% dos erros na ortografia de placas e anúncios comerciais ocorrem pela falta de acentuação correta das palavras. Os desvios na ortografia em objetos de publicidade espalhados pela cidade chamaram a atenção de estudantes da Escola Municipal Rosa Sverner, localizada no bairro Jorge Teixeira, zona leste.

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Incomodada com essa situação, a professora de Língua Portuguesa, Darlene Pereira, desenvolveu junto a cinco alunos e um professor de apoio técnico, a pesquisa “Ortografia: um olhar linguístico sobre placas, anúncios e cartazes comerciais da Zona Leste”, durante seis meses, no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE), financiado pelo Governo do Amazonas via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

“O objetivo do estudo foi investigar a presença de desvios ortográficos nas placas, faixas e cartazes comerciais da zona leste de Manaus, proporcionando um conhecimento prático da ortografia aos alunos da escola”, explicou a professora.

A pesquisa foi realizada em seis bairros da zona Leste de Manaus, onde foram identificados 165 tipos de desvios, em 11 categorias de erros ortográficos. “As cinco mais destacadas consistem em acentos gráficos (88 desvios), múltiplas formas (22 desvios), apoio na oralidade (14 erros), omissão de letras (11 erros), junção e separação (10 erros) e acréscimo de letras (9 erros)”, informou.

Na metodologia da pesquisa, os erros foram identificados por meio de fotografias em placas, faixas, anúncios e cartazes. A partir desse projeto, foram desenvolvidas várias atividades, envolvendo todos os alunos da escola, tal como a Semana de Ortografia, realizada no mês de abril e onze oficinas lúdicas de ortografia na escola. “A ideia é sensibilizar os estudantes sobre a escrita correta, pois tudo o que nos cerca exige leitura”, disse a professora, ressaltando que o desafio é continuar o projeto em outras zonas da capital amazonense.

Na avaliação da bolsista do PCE e membro da equipe do projeto, Deysiane Oliveira, 14, a participação nessa pesquisa alavancou seus conhecimentos e melhorou seu desempenho nos estudos. “Contribuiu bastante, tanto no sentido da fala quanto da escrita. Os exercícios mostram como lidar da melhor forma com a língua”, declarou.

Esse trabalho é um dos mais de 120 projetos que estão sendo apresentados ao público e a especialistas durante o Seminário de Avaliação Final do PCE, cujo encerramento ocorre nesta quinta-feira. O evento está sendo realizado na Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM) – antiga Aldeia do Conhecimento, situada na rua Maceió, 2.000, Parque Dez. É aberto ao público, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

 
Apoio da FAPEAM

“Acreditamos que esse fomento à escola nos proporciona oferecer aos alunos a educação científica de qualidade. Essa é uma ação do governo que atinge diretamente o professor por meio dos recursos públicos investidos na pesquisa”, afirmou a professora, que participa pela segunda vez do PCE.


Equipe do projeto

Darlene Pereira – professora coordenadora

Alessandro Lemos – professor de apoio técnico

Alunos e bolsistas do PCE:

Alessandra Lima

Débora Mello

Deysiane Santos

Maria Tamyllis

Joseli Dias


Sobre o PCE

O Programa Ciência na Escola (PCE) faz parte da política do Governo do Estado para difundir a ciência e promover o interesse dos jovens pelo mundo científico. Para isso, o programa consiste em apoiar, com recursos financeiros e bolsas, sob forma de cotas institucionais, estudantes dos ensinos Fundamental e Médio integrados no desenvolvimento de projetos de pesquisas de escolas públicas de Manaus e interior do Amazonas. Desenvolvido pela Fapeam, o programa conta com o apoio da Seduc, Semed capital, Semed Itacoatiara, Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM).

Fonte: Agência Fapeam, por Cristiane Barbosa