Manual para programas de TV auxilia pessoas com deficiência visual e auditiva

CIÊNCIAemPAUTA, por Laize Minelli

A preocupação em tornar acessíveis às programações da televisão brasileira, além da curiosidade em saber se existia algum mecanismo de acesso destinado a pessoas com deficiência visual e auditiva, levou duas estudantes de Jornalismo do Centro Universitário do Norte (Uninorte), a desenvolverem uma pesquisa sobre as ferramentas que as TVs da região dispõem para inserir esse determinado público.

Intitulado “Manual de acessibilidade: Televisão acessível, e agora o que fazer?”, o estudo aborda como as TVs públicas do Amazonas lidam com a obrigatoriedade do uso dos quatro recursos que devem ser disponibilizados pelas emissoras: libras, audiodesrição (AD), dublagem e legenda oculta (close caption). As autoras são as estudantes Jamile Galvão e Fabiana Ferreira.

Durante sete meses, as acadêmicas estudaram a lei que estabelece as normas de acessibilidade e fizeram a análise de quais televisões públicas oferecem e exercem tal atividade. Segundo Jamile, foi durante a coleta que surgiu a ideia de se fazer um manual de como fazer TV para pessoas com deficiência visual e auditiva de forma simplificada.

Ainda de acordo com Jamile, a ideia foi elaborar um manual com uma linguagem didática. No manual, além de constar a lei que estabelece a obrigatoriedade do uso da dublagem, legenda oculta e audiodescrição, há também, os conceitos de cada item existente na lei, facilitando o processo de entendimento por parte das emissoras.

O trabalho foi bem aceito na comunidade acadêmica e a dupla pôde apresentar no Congresso Nacional de Audiodescrição, realizado em Juiz de Fora, em 2012, além de ter ganho patrocínio para tiragem das primeiras cópias do manual.

Neste ano, o manual será apresentado na Feira Internacional de Tecnologia Assistiva (http://www.reatech.tmp.br/) , em São Paulo. As edições serão publicadas pelo Projeto Curupira e  ficaram a disposição do governo para distribuições,  a outra parte fica com as estudantes para fazerem  venda.

CIÊNCIAemPAUTA, por Laize Minelli