Estudantes de iniciação científica pesquisam doenças congênitas em Manaus

30/11/2011 – O trabalho desenvolvido pelas alunas do Ensino Médio Milla Arruda, Juliane Oliveira e Ana Beatriz Farias, sob a orientação do professor Odon Brasil, abordando as doenças congênitas, foi um dos destaques durante a 8ª edição da Feira Tecnológica da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), realizada no início de novembro, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq).

Siga a SECTAM no Twitter!

A feira foi organizada para apresentar à sociedade o resultado de dezenas de pesquisas desenvolvidas ao longo do ano de 2011 por estudantes que fazem parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic Jr.), que financia, por meio de bolsas, a inserção de alunos do Ensino Médio no meio científico.

Sobre o projeto

As três estudantes fizeram um levantamento sobre as doenças de má formação congênita que ocorrem na Região Norte. A partir do levantamento, foi detectado que a região apresenta maior incidência de 11 anomalias, entre elas, a doença chamada de pé torto congênito, com 209 casos só em 2011. As doenças congênitas se dão quando a mãe sofre um impacto, trauma ou infecção, o que acaba atingindo o feto em sua vida intrauterina.

A ideia do projeto nasceu da necessidade de saber como é feito o tratamento e quais as maneiras de se prevenir. Durante a pesquisa de campo, Ana Beatriz percebeu que a sociedade precisa olhar mais para área da saúde. “A pesquisa foi feita a partir do levantamento de dados. Para isso, obtivemos ajuda da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), mas ainda falta conscientizar a sociedade, e fazer com que ela perceba o quanto as pessoas que possuem algum tipo de doença congênita precisam de ajuda”, ressaltou.

Pé torto congênito

A anomalia se deve ao mau desenvolvimento do feto, uma vez que ocorre apenas no segundo trimestre da gestação, por meio de uma possível ativação de genes responsáveis pela geração da deformidade. O diagnóstico pode ser feito a partir de uma ultrassonografia. Constatada a deformidade, os pais são informados e recebem orientações sobre as possíveis formas de tratamento, que deve ser feito nas primeiras semanas de vida.

Fonte: Agência FAPEAM, por Rafaela Vieira (redação) e Ulysses Varela (edição)