Estudantes de Manaus ganham bolsas de estudos por meio do programa Ciência sem Fronteiras do governo Federal

24/02/12 – No próximo domingo, 26/02, as estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), Anne Caroline Simões Cavalcanti (20) e Bárbara Castro Lapa (22)  partirão rumo à Universidade de Tübingen, na Alemanha.

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Elas vão interromper o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas por um motivo excepcional. Selecionadas pelo novo programa “Ciências sem Fronteiras”, do Governo Federal, Anne e Bárbara ganharam bolsas para estudar, durante um ano, em laboratórios de microbiologia daquele país.

Em março, outra estudante do Ifam, Hayanne Soares Pinheiro (21), do curso Tecnologia em Mecatrônica, vai para os Estados Unidos da América (EUA) com o objetivo de estudar robótica, onde ficará pelo período de seis meses.

As três inauguram um caminho a ser seguido por milhares de alunos brasileiros desde o Ensino Médio até o doutorado, afirma a pró-reitora de Ensino, Pesquisa e Inovação do Ifam, professora Ana Menabarreto, ao citar o programa federal lançado pela presidente Dilma Rousseff, no final do ano passado, com os Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Mecatrônica

Hayanne Pinheiro,  finalista do curso de Tecnologia em Mecatrônica, vai para a escola de engenharia da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Passará seis meses em laboratórios de robótica, controle e automação.

“A expectativa é melhorar profissionalmente e trazer de lá o que aprender”, disse.

A estudante diz que sempre desejou estudar no exterior, mas não enxergava oportunidades. Cearense radicada em Manaus há três anos, ela ficará num alojamento da universidade e contará, como todos do programa, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Para ela, que não conhece ninguém nos EUA, o desafio é ampliar os conhecimentos numa fonte mais do que qualificada. A manauense Anne Caroline, que fez o ensino médio no Instituto Batista das Américas, fala inglês, mas nada de alemão e até chegou a pensar que não passaria, quando soube da aprovação do nome dela, juntamente com o da colega de curso, Bárbara Lapa.

“Vou passar um ano direto longe da família, mas vou aumentar meu conhecimento e trazer técnicas e práticas novas para a minha área de estudos”, afirmou ela, que está no 5º período.

O objetivo, segundo ela, é também estudar a língua nativa. Bárbara é outra que pretende aproveitar, da melhor maneira, a oportunidade. Manauense, ela fez o ensino médio no Colégio Lato Sensu e conta, feliz, que a família está até planejando uma viagem à Alemanha para visitá-la.

Como ela e Anne ficarão juntas na pesquisa de microbiologia, já buscaram informações sobre costumes e hábitos dos alemães, além da culinária e comportamentos. Com as malas arrumadas, as duas não têm dúvidas de que essa vai ser a melhor experiência de suas vidas.

Integração será o mais importante

A pró-reitora de Ensino, Pesquisa e Inovação do Ifam, professora Ana Mena Barreto Bastos, classifica a ida das três alunas como uma porta aberta pelo CNPq que vai possibilitar maior integração do Ifam com as universidades dos EUA e da Alemanha.

“Isso é fundamental para o contato e aprendizado de novas tecnologias, para a consolidação do ensino, pesquisa e extensão do Ifam”, complementa.

De acordo com a coordenadora de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Libertalamar Bilhalva, os institutos federais de educação são as instituições mais mobilizadas para promover o intercâmbio, porque o programa envolve principalmente as áreas tecnológicas, especialidade dos institutos.

Inscrições abertas

O acesso para o programa “Ciência sem Fronteiras” está aberto até terça-feira, 28/02. Os estudantes de graduação do Ifam poderão se candidatar a instituições canadenses de elevado padrão de qualidade, proporcionando aperfeiçoamento na formação técnico-científica em áreas definidas pelo edital.

Os estudantes devem estar matriculados em curso superior de tecnologia nas áreas e temas prioritários, cursado no mínimo um semestre e estar, no máximo, no penúltimo semestre do curso, no momento previsto da viagem de estudos e apresentar proficiência no idioma do país de destino, além de bom desempenho acadêmico. Mais informações: www.ifam.edu.br.

Fonte: acritica.com, por Ana Celia Ossame