Estudo aponta eficiência do Telemedicina na qualidade de vida de pacientes

O Núcleo de Telessaúde conta com um total de 50 pontos em vários municípios do interior . Foto: Reprodução

Estudo aponta que o Polo de Telemedicina da Amazônia (PTA) é eficiente na construção da qualidade de vida de pacientes que são atendidos em ambulatório virtual  por especialistas.

O estudo foi desenvolvido por Isabelle Nascimento Costa, acadêmica do 4º período do curso de medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e bolsista do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic), uma iniciativa do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Segundo Costa, a pesquisa intitulada ‘Estudo comparativo da qualidade de vida de pacientes portadores de pré diabético ou úlcera flebopática atendidos no Ambulatório de Cirurgia Vascular da Fundação Hospital Adriano Jorge e por  meio do Ambulatório Virtual do núcleo de Telessaúde Amazonas da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas’ propôs avaliar as possíveis diferenças na qualidade de vida dos pacientes atendidos no Ambulatorial   presencial de Cirurgia Vascular da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ) e no Ambulatório Virtual do Núcleo Telessaúde do Amazonas, implantado na UEA.

O Núcleo de Telessaúde conta com um total de 50 pontos em vários municípios do interior e  tem como objetivo oferecer ferramentas de informação e comunicação para o apoio dos serviços de saúde no Estado.

Entre os municípios que contam com um ponto do núcleo está Parintins, localizado a 369 quilômetros de Manaus. O município foi o ponto de partida para a realização da pesquisa.

Segundo Costa, os resultados apontaram que não existem diferenças na qualidade de vida dos pacientes atendidos em laboratório virtual ou presencial. “Os resultados afirmam que a ferramenta da telessaúde  é efetiva no tratamento  dos pacientes. Isso  significa que as pessoas  não precisam mais sair de seu local de origem para buscar tratamento na capital. Até porque cada deslocamento de paciente é muito oneroso e, consequentemente, influencia na qualidade de vida, já que se afastarão de seus familiares e do ambiente onde estão acostumados”, enfatizou.

Ainda segundo a acadêmica, a ferramenta da telessaúde torna possível acompanhar as pessoas em um ambulatório virtual, assim como no presencial, porque estão sendo acompanhados da localidade em que residem por especialistas da capital e todos os procedimentos são tomados de acordo com a necessidade de cada caso.

MÉTODO

Costa explica que o estudo avaliou a qualidade de vida de 40 pacientes  com diabetes que apresentavam pé diabético ou úlcera flebopática, sendo 20 pacientes residentes na capital e 20 em localidades do interior do Estado que estivessem inseridas no Programa de Telessaúde do Núcleo Telessaúde Amazonas.

Os pacientes do interior eram atendidos no Laboratório Virtual  do Núcleo de  Telessaúde do município de Parintins e os da capital atendidos  no Laboratório presencial  de Cirurgia Vascular da FHAJ .

Os participantes foram submetidos a um questionário composto por  35 perguntas,  dentre as quais 27 eram voltadas para avaliar a qualidade de vida dos pacientes. As 27 foram analisadas em seis etapas com um total de pontuação que varia de 01 a 15. “Quanto mais perto do 15, pior a qualidade de vida dos pacientes. Os 40 participantes aceitaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE)  e todos responderam os questionários. Os resultados foram avaliados de acordo com os métodos estatísticos do teste NeuroQol” , finalizou.

O trabalho foi apresentado no Seminário de Apresentação Final do Paic, referente ao calendário 2012/2013, realizado nos dias 23 e 24 de setembro. No total, foram  apresentados cerca de 50 trabalhos desenvolvidos por acadêmicos nas áreas de cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia vascular, otorrinolaringologia, gastroenterologia, nutrologia, cardiologia, urologia, odontologia, reumatologia, além de fisioterapia e enfermagem.

SOBRE O PAIC

O Programa de Apoio à Iniciação Científica do Amazonas consiste em apoiar, com recursos financeiros e bolsas institucionais, estudantes de graduação interessados no desenvolvimento de pesquisa em instituições públicas e privadas do Amazonas.

Fonte: Agência Fapeam, por Rosa Doval