Estudo questiona critério para considerar plantas em extinção

Pesquisa realizada na África do Sul e no Reino Unido por uma equipe liderada por biólogos do Imperial College de Londres e dos Jardim Botânicos Reais de Kew, sugere que os critérios para avaliar o risco de extinção de plantas, atualmente semelhantes aos dos aplicados aos animais vertebrados, devem ser reconsiderados.

Uma espécie é considerada em risco se ela pode ser encontrada somente em uma área geográfica e se ela tem uma população pequena. Por meio de análise molecular de sequências de DNA de espécimes de plantas na região do Cabo, na África do Sul, uma área conhecida pela sua diversidade de vegetação, os pesquisadores verificaram que esses critérios coincidem com espécies que são relativamente novas. Entre animais vertebrados, essa tendência não ocorre.

Isso aponta que os processos de extinção e especiação – meio pelo qual surgem novas espécies – estão ligados. Desta forma, as espécies ameaçadas se concentram em certos ramos na ponta da árvore evolutiva e sua chance de extinção não está necessariamente associada a certas características físicas ou relação com o ser humano, como acontece com vertebrados, entre os quais a tendência é o desaparecimento de variedades maiores e de reprodução mais lenta.

Fonte: Globo Natureza