FAPs são agentes importantes no desenvolvimento do Brasil

Agência CT&I Amazonas, por Esterffany Martins e Manoela Moura

Mário Neto Borges, presidente  da Fapemig. Foto: Agência CT&I Amazonas/Alfredo Fernandes

Recife (PE) – Neste ano a Reunião Anual da SBPC acontece em Recife. O evento reúne autoridades e pesquisadores do Brasil para debater temas de cunho científico e tecnológico. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) também participa do encontro. Em entrevista à Agência CT&I Amazonas, o presidente da instituição, Mário Neto Borges, falou sobre a participação da fundação na SBPC. Ele também destacou a atuação das FAPs brasileiras e os desafios da ciência. Confira a entrevista:

Agência CT&I Amazonas – Como está sendo a participação da Fapemig na SBPC, que é um dos maiores eventos científicos do País?

Mário Neto Borges – Nos últimos anos, a Fapemig tem participado ativamente da SBPC. Uma das razões é porque o evento reúne milhares de pessoas em torno de um tema comum, escolhido a cada ano. A Fapemig tem tido prazer e orgulho de estar presente. Trazemos o nosso estande, pois queremos contribuir para a melhoria da divulgação da ciência brasileira para o público em geral.

Agência CT&I – O tema deste ano da 65ª Reunião Anual da SBPC é ‘Ciência para o novo Brasil’. De que forma as Fundações de Amparo à Pesquisa contribuem para esse avanço da ciência no País?

MNB – As FAPs, hoje, estão em 26 dos 27 estados brasileiros, portanto, nós contribuímos de três formas importantes. A primeira é colocando recursos efetivos no processo. Em 2012, esse conjunto de FAPs investiu mais de R$ 2 bilhões no sistema de ciência no Brasil. O segundo aspecto, muito importante, é o das Faps estarem presentes em praticamente todos os estados brasileiros. Nós temos uma capilaridade única de conhecer cada região, cada estado em particular. O terceiro ponto, é o de poder atender as necessidades específicas de cada região e de cada estado. A FAPEAM [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas], conhece, como ninguém, as características e as necessidades da ciência no Amazonas, muito mais, certamente, do que o MCTI de Brasília. Portanto, essas três características tornam as FAPs agentes importantes para o desenvolvimento da ciência no País.

Agência CT&I – Atualmente, quais são os desafios enfrentados pela ciência para esse novo Brasil?

MNB – Nós temos grandes desafios. O primeiro é que os recursos disponíveis para a ciência não são suficientes para que o Brasil possa dar um passo de mudança de patamar. A segunda é a burocracia, que ainda impede demais o avanço da ciência e a velocidade que a ciência precisa adquirir para que o País seja competitivo no cenário mundial. O terceiro é que nós precisamos ter um sistema articulado em que a qualidade da educação e da ciência venha desde o nível básico, para que nós tenhamos os nossos meninos e os nossos jovens, todos estimulados para o desenvolvimento da ciência, participando e entendendo a importância da ciência para o desenvolvimento social e econômico do Brasil.

Agência CT&I – A FAPEAM e a Fapemig atuam fortemente na divulgação científica. Como o senhor avalia esse trabalho?  

MNB – Esses são dois casos exemplares. A FAPEAM está completando os seus 10 anos, e eu a parabenizo pelo trabalho que vem desenvolvendo no Amazonas. Apesar de ser nova, a instituição possui uma agenda importante na questão da divulgação. Eu acredito que essa divulgação é de extrema importância, pois permite que o público conheça e entenda a importância da ciência no dia a dia e também como um elemento fundamental no desenvolvimento nacional. Portanto, esse papel das revistas, das televisões, das rádios, dos estandes que são colocados nos diversos eventos tornam a questão da ciência mais próxima do público leigo e isso é muito importante para o desenvolvimento do Brasil.

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Agência CT&I Amazonas, por Esterffany Martins e Manoela Moura