Floresta de várzea de Caxiuanã (PA) será monitorada

A partir dessa semana, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) dá mais um passo para a melhor compreensão da dinâmica florestal na Amazônia.

Uma equipe de pesquisadores, coordenada pelo biólogo Leandro Valle Ferreira da Coordenação de Botânica, irá a Floresta Nacional de Caxiuanã (no centro-oeste do estado do Pará, a 400 km de Belém) para iniciar a implantação de um conjunto de parcelas permanentes de vegetação nas florestas de várzea.

Parcelas permanentes são unidades de amostra demarcadas e observadas de forma contínua. Com isso, conhece-se o comportamento das espécies da flora e fauna e seus processos dinâmicos, como o crescimento, o ingresso de novas plantas e a mortalidade, assim pode-se, por exemplo, aumentar o conhecimento sobre biologia das espécies de plantas.

As parcelas que serão implantadas têm área equivalente a um hectare. Nesse "quadrado", todas as árvores, lianas (cipós) e palmeiras com mais de 10 cm de DAP (diâmetro à altura do peito) serão medidas, identificadas e etiquetadas com placas de alumínio. Além disso, serão colocados coletores para a medição da liteira (folhas, galhos, flores, frutos, sementes) que caem do dossel da floresta de várzea.

Monitoramento – Com esse trabalho, os pesquisadores esperam obter dados, a médio e longo prazo, sobre os padrões de crescimento, recrutamento, mortalidade e produção de liteira desse tipo de vegetações. Aliás, como o método de implantação segue um protocolo internacional, será possível comparar os dados obtidos em Caxiuanã com outros tipos de vegetação no mundo.

A criação dessas parcelas permanentes, que acontece dentro do Programa Ecológico de Longa Duração (Peld/CNPq), irá se juntar às parcelas permanentes anteriormente implantadas na floresta de terra firme de Caxiuanã – estabelecidas nos Projetos Team, Rainfor, Esecaflor e PPbio, pelos pesquisadores Samuel Almeida e Antonio Sérgio, da Coordenação de Botânica do Goeldi.

Fonte: Ascom/ Museu Goeldi