Fórum Consecti/Confap promove debate sobre Parques Tecnológicos
24/07/12 – O primeiro dia do Fórum conjunto dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) e das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), ocorrido nesta segunda-feira (23), foi marcado pela discussão em torno dos parques tecnológicos. O Fórum integra as atividades paralelas da 64a reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece até o próximo dia 27, em São Luís, capital do Maranhão.
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Um dos convidados para tratar sobre o atual cenário nacional acerca desse tema foi o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Álvaro Prata. Em sua explanação, Prata destacou que essa questão ainda é recente no Brasil em comparação com outros países e que, apesar dos primeiros parques tecnológicos brasileiros terem iniciado na década de 1980, apenas nos últimos anos esse movimento ganhou força no cenário nacional.
Álvaro Prata destacou que o governo federal pretende permear iniciativas dessa natureza em todo o Brasil de maneira que novas conquistas possam ser alcançadas nesse âmbito. “O sentimento do governo federal, nesse momento, é que a política em torno dos parques tecnológicos seja estabelecida em parceria com as regiões, portanto é da importância estarmos aqui (no Fórum Consecti/Confap) com os secretários estaduais de CT&I e presidentes de FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa) para tratarmos do assunto”, salientou.
A presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores ( Anprotec), Francilene Garcia, também realizou uma explanação acerca do assunto e destacou que, apesar de já ter sido criada uma série de instrumentos de fomento a parques tecnológicos ao longo dos anos, a ausência de uma política pública efetiva no Brasil voltada ao incentivo desse mecanismo é o um grande entrave. “É preciso criar uma política publica densa na escala e importância do tamanho desse mecanismo para que possam ser gerados impactos significativos para o país”, destacou.
Segundo Garcia, enquanto essa política nacional ancorada pelo governo federal não vem é importante que os Estados possam refletir sobre o papel dos parques tecnológicos, definir os atores principais que podem ser parceiros nessa ação e a partir daí, construir uma agenda positiva voltada para a implantação desses mecanismos de desenvolvimento econômico.
Casos de sucesso
Ainda como parte da programação do primeiro dia do evento foi apresentado casos de sucesso nesse âmbito: Parque Tecnológico Sapiens Park (Santa Catarina),Parque Tecnológico do Guamá (Pará), Tecnopuc (Rio Grande do Sul), Porto Digital (Pernambuco) e Parque Tecnológico do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro). O objetivo foi favorecer subsídios para que novas ações dessa natureza possam ser implantadas no país.
O presidente do Consecti e secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Odenildo Sena, avaliou positivamente a discussão realizada no primeiro dia do fórum e disse esperar que os secretários estaduais presentes ao evento possam capitalizar as informações fornecidas e atuar a partir de uma perspectiva de implantação de novos parques tecnológicos em seus Estados. “Particularmente no Estado do Amazonas temos muito interesse de implantar esse mecanismo e, inclusive, já iniciamos as discussões nesse sentido, mas ratifico que é preciso, sim, que, diante desses exemplos aqui expostos, o MCTI dê um passo à frente e crie uma política robusta de motivação para a criação de novos parques tecnológicos no País”, enfatizou.
A diretora-presidenta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, Maria Olívia Simão, destaca o potencial do estado para abrigar Paqrues Tecnológicos. "Temos muitos produtos que podem se transformar em grandes negócios, um cenário potencial para a inovação e vemos os Parques Tecnológicos e as Incubadoras como ambientes favoráveis para a concretização de tudo isso", disse.
CIÊNCIAemPAUTA/ SECTI-AM, por Lisângela Costa