Governo cria Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias
O Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (INPOH) foi criado no último dia 24, em um evento na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC). A cerimônia reuniu lideranças da comunidade científica, do setor privado e do Governo.
No discurso, o Acadêmico e secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre, ressaltou que o INPOH se insere no conjunto de institutos nacionais que o Brasil vem inaugurando desde a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 1951.
“Todos estes institutos nacionais têm a missão de ampliar e consolidar competências em ciência, tecnologia e inovação em áreas estratégicas para o desenvolvimento do País”, ressaltou Nobre.
Por isso, considerada a importância do oceano para o Brasil, é fato que a criação do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias demorou a ser concretizada, já que o oceano é uma área estratégica e uma fonte de riquezas. É o meio de entrada e a saída de uma infinidade de produtos, de mobilidade por todo o País e o mundo, e ainda guarda tesouros submersos, como a pesca, ou, indo mais fundo, petróleo, gás e outras fontes de energia.
O INSTITUTO
Os objetivos e a estrutura do instituto foram apresentadas pelo diretor de Tecnologia e Inovação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ), Segen Stefen e pelo Acadêmico Luiz Drude, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Transferência de Materiais Continente-Oceano. “O Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias tem a missão de tornar o Brasil uma referência de conhecimento e atuação do oceano Atlântico, considerando o oceano global”, destacou Drude.
Entre os seus principais objetivos estão a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico nas áreas de oceanografia física, química, biológica e geológica; interação oceano-atmosfera; pesca e aquicultura marinha; hidráulica fluvial e portuária; estudos portuários; engenharia costeira e submarina; instrumentação submarina; biodiversidade marinha e costeira; energia dos oceanos.
O novo instituto será estruturado por conselhos – administrativo, científico e fiscal; duas coordenações – administrativa e financeira e de logística de navios; e terá um diretor geral. Serão quatro centros de pesquisas: Centro de Oceanografia do Atlântico Sul, localizado na região sul do País; Centro de Oceanografia do Atlântico Tropical, localizado na região Nordeste; Centro de Portos e Hidrovias, localizado na região Sudeste, e o Centro de Pesquisa Marinha em Pesca e Aquicultura, em local indefinido até o momento.
PRÓXIMAS ETAPAS
Com a constituição da associação, que integrou a cerimônia, as próximas etapas de formação do INPOH são: registro nas repartições públicas competentes, convocação do Conselho de Administração, eleição da Diretoria definitiva, qualificação como organização social – o que é feito por um decreto presidencial – e a assinatura do contrato de gestão.
Fonte: ABC