Imigração japonesa no AM é tema de estudos em Grupo de Pesquisa da Ufam
O Grupo de Pesquisa (GP) ‘Estudos Clássicos e Orientais’ da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vem desenvolvendo pesquisas voltadas para o âmbito cultural. O GP foi criado em 2008 com a denominação “Estudos Clássicos”, abrangendo pesquisas destinadas às áreas de estudos greco-latinos, tanto de língua quanto de literatura, filosofia, história e cultura grega e latina, porém em 2011, com a criação do curso de Letras Língua Japonesa, o GP teve seu nome modificado para ‘Estudos Clássicos e Orientais’, servindo como local propício também para as pesquisas iniciadas no âmbito do novo curso.
As informações são da professora do Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras (DLLE), Michele Eduardo Brasil de Sá, que também afirma que o GP tem por objetivo estimular os alunos de graduação a se dedicarem à pesquisa desde o início do curso. “Cinco Pibics fizeram parte deste GP e só não prosseguimos com novos projetos porque, infelizmente, a coordenadora do grupo (professora da UFRJ na Ufam de 2007 a 2012) agora está lotada provisoriamente na UnB”, disse a professora.
Michele Brasil informou que tão logo novos professores efetivos sejam aprovados em concurso e contratados para o curso de Letras-Japonês, a coordenação será transferida a um deles, de forma que esses incentivos possam ter continuidade.
IMPORTÂNCIA DA CULTURA JAPONESA
Desde que a cultura oriental foi inserida no GP, muitos questionamentos sobre a imigração japonesa no Amazonas vieram à tona. “Todas as vezes que levamos trabalhos para apresentar em congressos em outros lugares, como no Rio de Janeiro, em Curitiba e até no Japão, sempre encontramos pessoas surpresas com a história da imigração japonesa no Amazonas”, disse a professora.
Grande parte da população desconhece o processo da imigração oriental no Estado e o GP tem feito estudos que esclarecem sobre a chegada e permanência dos japoneses e a influência e troca linguística resultantes desse processo. “As pessoas sabem das empresas japonesas na Zona Franca de Manaus, mas desconhecem o ciclo da juta e a contribuição destes imigrantes para a economia do Estado desde os anos 1930”, disse Michele Brasil de Sá.
A professora salienta que, apesar de ser recente, o Grupo possui uma boa atuação. Há cinco Pibics encerrados (três de estudos clássicos e dois de língua japonesa). A coordenadora atualmente pesquisa sobre a imigração japonesa no Amazonas e sobre a literatura jesuítica do Século Cristão Japonês.
Fonte: Agência Fapeam, por Sebastião Alves.