Iniciadas as articulações para a elaboração do Plano Regional de CT&I da região Norte

30/11/2011 – Secretários de Ciência e Tecnologia e presidentes de Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) da região Norte estiveram reunidos, em Manaus, hoje (30/11) com o objetivo de discutir metas e ações e montar um plano estratégico de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) para a região Norte. Este  é o terceiro Fórum Regional Norte do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) e do Conselho Nacional de Presidentes de Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) realizado neste ano.

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Segundo Odenildo Sena, secretário da Ciência e Tecnologia do Amazonas e presidente do Consecti, é importante criar esse plano de ciência e tecnologia específico para a Amazônia “porque existem certas particularidades na região Norte, que muitas vezes não são levadas em conta em um plano nacional. Queremos propor ao Governo Federal um plano de Ciência e Tecnologia com tratamento especial abordando nossas dificuldades pontuais“, comentou o secretário durante a reunião. 

Para o secretário, a pesquisa na Amazônia ainda tem muitos gargalos a serem enfrentados e citou como exemplo a falta de  recursos humanos. Odenildo Sena  ressaltou que a falta de pesquisadores e doutores na região Norte é o principal problema a ser superado e citou outras questões como a de logística e, principalmente, a internet. “O que queremos é elencar esses gargalos e estabelecer metas de comum acordo com o Governo Federal para que possamos dar conta de gerar conhecimento e produção científica numa região tão rica como a Amazônia“.

Na opinião do secretário de CT&I do Pará e diretor regional do Consecti Norte, Alex Fiúza Mello, o desafio desse encontro é elaborar um plano que comprometa a União para um projeto que resgate a Amazônia com um futuro de desenvolvimento sustentável por meio da Ciência, Educação e Tecnologia. Para ele, a ausência de investimento em CT&I na região Norte é um problema a ser superado, pois não existe uma política de aproveitamento das riquezas da Amazônia  para o  País. “Isso é  um reflexo da falta de um plano do Brasil para o desenvolvimento da Amazônia em favor do Brasil“, explica. E vai mais longe, ao comentar que a Amazônia tendo a maior floresta tropical do planeta, a maior biodiversidade e banco genético da Terra, a maior bacia hidrográfica da terra, mas “não tem uma Embrapa da Floresta, nem um Instituto das Águas“.

Houve consenso de que o Plano Regional de C&T deve ultrapassar a simples somatória dos planos dos estados. “Nós temos que propor um plano que, uma vez conquistado, altere o patamar da CT& I na região Norte”, sintetizou Alex Mello.  O foco inicial é a biotecnologia, principalmente os recursos florestais e hídricos. Conforme definido durante o Fórum, os próximos passos são a busca de apoio para contratação de uma consultoria especializada e a realização de um evento com a participação dos atores envolvidos no desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Participam do Fórum Regional Norte do Consecti e Confap secretários estaduais e presidentes de Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados do Amazonas, Amapá, Roraima, Tocantins, Pará e Acre. O evento foi organizado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas (SECTAM) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) em parceria com o Consecti e Confap.

CIÊNCIA EM PAUTA/SECTAM, por Luciete Pedrosa