InMao: estudantes desenvolvem aplicativo para guiar turistas em Manaus
“Por que não amar Manaus?”. Assim justifica o criador do aplicativo ‘InMao‘ (Em Manaus), o engenheiro de computação Rafael Gerzvolf, sobre a necessidade da criação de um guia da cidade ao alcance de um simples toque. A poucos dias da Copa do Mundo de Futebol, turistas começam a chegar ao Amazonas e buscam por opções de passeios e visitas na capital.
Há aproximadamente um ano, Rafael Gerzvolf concluiu o curso de graduação em engenharia da computação, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com a apresentação do aplicativo. “Vi que não tinha nenhum outro aplicativo do gênero se eu quisesse procurar um lugar pra ir, um restaurante por exemplo. E quando procurava na internet também não tinha, ou os que tinham estavam desatualizados”, disse ao revelar que passou então a atualizar o aplicativo antes apresentado no trabalho de conclusão de curso.
Em fevereiro deste ano, juntaram-se ao projeto os estudantes Érica Bertan (desenvolvedora), Leandro Okimoto (programador) e Wagner Lucas (designer), todos da área de ciências da computação. Quem ajudou o grupo a ‘se encontrar’ foi o orientador de Gerzvolf, o doutor em inteligência artificial pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, Edjard Mota.
O projeto tornou-se, então, uma colaboração independente entre os estudantes. O grupo criou a empresa App Tree, que em breve será incluída na incubadora da Ufam. Assim, teve início a criação do chamado ‘Easy to find InMao‘ (Fácil de encontrar em Manaus). “O bom nesse grupo é que cada um motiva o outro”, destacou Gerzvolf, ao enfatizar que o trabalho em equipe tem sido primordial para a realização do aplicativo.
O guia online está em fase de finalização e passará a funcionar no mesmo período da Copa, no começo do mês de junho. Desenvolvido inicialmente para a plataforma iOS em cinco idiomas: japonês, inglês, português, espanhol e italiano, a equipe aguarda liberação da Apple para disponibilizar o guia. “Desenvolvemos para o iOS porque vamos lançar para os turistas na época da Copa e a maioria que virá provavelmente usa o iPhone, que é o celular mais vendido fora do Brasil”, explicou Gerzvolf. Inicialmente, o aplicativo oferecerá duas versões: uma gratuita, com as informações básicas, e uma paga, no valor de R$ 4.
Para o turista descobrir o que fazer na capital amazonense, InMao terá um sistema de busca por categoria, como pontos turísticos e gastronomia. De acordo com a intenção do usuário, dividem-se em subcategorias, como no caso de gastronomia, restaurante de culinária regional, italiana, chinesa, japonesa etc. “O aplicativo verifica a localização da pessoa e informa os locais mais próximos”, destacou o engenheiro.
A garantia de satisfação poderá ser acompanhada por meio da classificação por estrelas, de zero à cinco, marcada por outros usuários que já passaram pelo local. E quem não tiver acesso à internet por alguma razão, ainda assim poderá consultar o aplicativo. Para driblar o problema, “a maioria das informações básicas dos pontos principais estarão disponíveis no aplicativo offline“, assegurou Gerzvolf.
Além da simplicidade, garante o criador, outro diferencial é a opção de rotas para seguir a pé pela cidade, para conhecer lugares históricos ou encontrar diversão perto de onde estiver, de forma independente. “É uma ferramenta prática. A Prefeitura lançou um aplicativo para os turistas [Guiatur Manaus], mas o nosso é bem diferente, porque temos um foco pós-Copa, além das atividades que oferecemos”, comentou a desenvolvedora do InMao, Érica Bertan.
Para quem não usa iOS, a equipe pede calma. O engenheiro da computação comentou que também devem lançar o InMao para plataforma Android, pois o objetivo do aplicativo é ajudar o máximo de pessoas com roteiros e lugares interessantes para ir. “A minha expectativa é não fazer um aplicativo só de turismo, mas algo que as pessoas de Manaus também queiram utilizar. Queria criar um aplicativo que quando as pessoas abrissem um novo estabelecimento, mandassem para adicionarmos no InMao e facilitar a vida de todos”, explicou.
Portanto, o aplicativo deverá funcionar de forma colaborativa, com a ajuda dos amazonenses. “O ambiente perfeito seria que as pessoas mandassem as dicas de locais. Por enquanto, nós mesmos buscamos em guias, perguntamos de amigos, ligamos e visitamos os estabelecimentos. Em função disso, pode ser que agora no começo faltem muitos locais”, justificou.
A meta agora é finalizar o aplicativo e melhorar o espaço de trabalho com a prioridade de avançar na prestação do serviço aos usuários. “O que precisamos é de gente que se interesse pelo InMao. Estamos no começo e precisamos de um novo computador, treinamento para Android, entre outros materiais que ajudem à melhorar nosso desempenho e do produto oferecido”, argumentou Rafael Gerzvolf.
Fonte: Portal Amazônia