Inpa recebe homenagem da Assembleia Legislativa do Amazonas

04/10/2012 – A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) realiza nesta quinta-feira (4), às 10h, sessão especial no Plenário Ruy Araújo em homenagem aos 60 anos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).

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Com uma agenda de pesquisas que comporta 550 projetos em desenvolvimento, o Inpa possui 71 patentes registradas de produtos e processos, das quais 35% relacionadas à tecnologia de alimentos, 22% a produtos florestais, 17% a ciências da saúde e o restante, à agricultura, produtos naturais e áreas estratégicas.

As pesquisas desenvolvidas pelo Inpa priorizam as áreas de biodiversidade (conhecimento da diversidade biológica da região Amazônia e seus diversos aspectos ecológicos, voltados ao manejo, uso e conservação ambiental); tecnologia e inovação (aplicação do conhecimento adquirido sobre recursos naturais para o desenvolvimento de técnicas, processos e produtos que atendam às demandas socioeconômicas) e dinâmica ambiental (conhecimento do ecossistema amazônico em seus diferentes componentes físicos: biológicos, químicos e sociais; sociedade, ambiente e saúde: analisar a dinâmica das populações e suas implicações e socioambientais, visando à manutenção da qualidade de vida).

Desde sua criação, a instituição já apresentou 1,5 mil teses e dissertações defendidas nos programas de pós-graduação. Com a preocupação de formar recursos humanos especializados, o Inpa oferece programas de mestrado e doutorado nas seguintes áreas: trópico úmido; biologia de água doce e pesca interior; ciências de florestas tropicais, botânica, ecologia, entomologia, genética, conservação e biologia evolutiva, clima e ambiente, além de mestrado profissional em gestão de áreas protegidas na Amazônia. Cerca de 70% dos doutores e mestres formados pelo instituto permanecem na região, atuando em institutos de ensino e pesquisa, empresas privadas e órgãos ambientais.

Laboratórios

A estrutura do Instituto abrange laboratórios naturais, constituídos pelas reservas biológicas Adolpho Ducke, Walter Egler, Campina e Cueiras (Amazonas) e Ouro Preto D’Oeste (Rondônia). Já os laboratórios temáticos servem de apoio a grupos de pesquisa de: solos e plantas; sistema de informação geográfica; biologia molecular e microscopia eletrônica. Para apoiar seus estudos e pesquisas, o Inpa mantém um Programa de Coleções de Acervos Científicos (PCAC), composto por dez coleções (invertebrados, plantas, frutos, madeiras, peixes, anfíbios, répteis, mamíferos, aves e micro-organismos).

Para o desenvolvimento de suas atividades na Amazônia, o Inpa mantém três campi: um em Manaus (AM) e quatro núcleos de pesquisas nas cidades de Boa Vista (RR), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Santarém (PA). Em São Gabriel da Cachoeira (AM), está sendo implantado um escritório regional da instituição.

Coordenações

Atualmente, a unidade de pesquisa do MCTI possui 12 coordenações setoriais: botânica; biologia aquática; ecologia; aquicultura; tecnologia de alimentos; silvicultura tropical; ciências da saúde; produtos florestais; produtos naturais; entomologia; ciências agronômicas; clima e recursos hídricos e um núcleo de pesquisas em ciências humanas e sociais – este criado para trabalhar com as populações tradicionais da região.

O Instituto também desenvolve pesquisas multi-institucionais e internacionais relacionadas a estudos que beneficiem a região amazônica. O Inpa possui, ainda, três núcleos de pesquisas nos estados do Acre, Roraima e Rondônia. Seus pesquisadores buscam soluções para problemas como mudanças climáticas globais e o controle de doenças tropicais, além de desenvolverem técnicas para conservação de alimentos e adoção de novas formas de manejo florestal.

Referência mundial em biologia tropical, o Inpa foi criado em 1952 com a finalidade de produzir conhecimento científico sobre a Amazônia, voltado ao desenvolvimento sustentável e à defesa dos múltiplos e diversos ecossistemas amazônicos, visando o bem estar social e o desenvolvimento socioeconômico da região.

Biotério

Na terça-feira (2), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, inaugurou o Biotério Central do Inpa, concebido para acelerar o processo científico e tecnológico na região amazônica, com modernização da infraestrutura e equipamentos de última geração. Por meio dele, serão desenvolvidas novas técnicas de produção para animais de laboratório de alta qualidade microbiológica, visando assegurar maior confiabilidade nos resultados das pesquisas realizadas.

Biotérios são locais onde são criados e mantidos animais (como ratos, cães e coelhos), com a finalidade de serem usados como cobaias em experimentação animal. Têm como dever assegurar o cumprimento das normas legais e éticas em vigor sobre a criação e manutenção dos animais de laboratório, bem como as normas da autoridade nacional em biotérios.

Fonte: MCTI/Inpa