Lagosta é o mais novo membro na lista de espécies ansiosas

Estudo utilizou choques elétricos para demonstrar ansiedade na espécie. Foto: Fábio Seixo/AgênciaOGlobo

Pais irritados, executivos apressados e professores sobrecarregados não são os únicos que sofrem de ansiedade ou utilizam medicação para tratá-la. O lagostim é o mais novo membro na lista de ansiosos.

Embora a vida interna das lagostas ainda é desconhecida, as descobertas, relatadas na revista Science, sugerem que as características externas de ansiedade são presentes há muito tempo na espécie.

Além disso, um precursor do Valium teria estabilizado o comportamento do lagostim, o que reforça as ligações que seres humanos têm com outros seres vivos.

Humanos compartilham genes com macacos, possuem insight similares ao do cérebro de moscas e até mesmo um pequeno verme tem comportamentos que dependem de uma molécula muito semelhante a um hormônio humano de acasalamento.

A resposta a uma ameaça ou perigo que os cientistas descobriram em lagostins tinham sido documentados antes em outros animais, como ratos, mas não em invertebrados, como insetos e crustáceos.

Os pesquisadores Pascal Fossat e Daniel Cattaert, da Universidade de Bordeaux, relataram que após o lagostim ser exposto a choques elétricos, passou a não se aventurar fora de áreas conhecidas no aquário. Já as lagostas que não levaram choque, eram mais aventureiras. Elas hesitam, em seguida, exploraram, por vezes, as áreas desconhecidas.

Quando os lagostins nervosos receberam uma droga usada para tratar a ansiedade, cautela foi eliminada.

Fonte: O Globo