Lançamento de livro encerra 10º Simpósio do Instituto Mamirauá

Livro é lançado em Simpósio. Foto:Francisco Rocha/Mamiraua
Livro é lançado em Simpósio. Foto:Francisco Rocha/Mamiraua

O Instituto Mamirauá, encerrou na sexta-feira, o 10º Simpósio sobre Conservação e Manejo Participativo na Amazônia. Durante o encerramento, foi lançado o livro “Adolescentes e Jovens de Populações Ribeirinhas na Amazônia – Brasil”, de autoria de Maria Helena Ruzany, Edila Moura e Zilah Meirelles. A publicação, produzida com apoio do Instituto Mamirauá, teve por objetivo retratar como vivem e o que pensam os adolescentes e jovens da região do Médio Solimões. O livro foi produzido com apoio também Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente.

Antes, porém, os participantes assistiram as apresentações sobre caça, agricultura, perfil sociodemográfico e economia doméstica. Na parte da tarde, trabalhos orais sobre agricultura foram apresentados. A pesquisadora Luiza Câmpera falou sobre agricultura migratória na Amazônia. “O papel essencial da agricultura é na sobrevivência dos moradores, seus impactos ambientais relativamente baixos, e sua importância na manutenção da agrobiodiversidade na região, esta prática tem um papel importante nas estratégias de conservação da sociobiodiversidade e no desenvolvimento sustentável nas Reservas Mamirauá e Amanã”, disse Luiza.

Em seguida, a pesquisadora Fernanda Vianna apresentou o trabalho desenvolvido na Reserva Amanã: “A prática consiste na abertura de pequenas extensões de mata ou vegetação secundária para o estabelecimento de cultivos, por um período inferior ao que a área é abandonada para que o solo se regenere. Há ainda a prática do reaproveitamento de florestas secundárias para o estabelecimento de novos roçados, e em algumas famílias há doação de áreas entre parentes, o que reduz a probabilidade do estabelecimento de cultivos em áreas de mata bruta”.

Finalizando a temática, Camille Rognant explanou sobre o conceito de agrofloresta nas pesquisas e atividades de extensão do Instituto Mamirauá. “Dentre as formas de produção mais comuns estão os quintais caseiros – que reúnem plantas frutíferas medicinais e aquelas utilizadas no consumo cotidiano – e os sítios – que resultam do plantio de espécies frutíferas nas áreas de roça para favorecer, depois do roçado anual de mandioca, o crescimento de espécies úteis para o consumo e a comercialização”, afirmou a pesquisadora.

Fonte: Instituto Mamirauá