Luxo e lixo: uma união possível em eventos sustentáveis

Bolas, pratos, copos, embalagens de doces, sacolinhas. Todos estes itens descartáveis fazem parte de um típico cenário de uma festa. São centenas, quando não milhares, que no final acabam indo parar no lixo. Mas, como comemorar momentos especiais sem agredir o meio ambiente? A resposta está nos eventos sustentáveis.

A empresa carioca Cortando o Sete, especializada em ornamentação sustentáveis, é um exemplo que é possível transformar eventos em aulas nada chatas de educação ambiental. Com apenas um ano de mercado, a idealizadora Mirella Santa Rosa, biomédica de formação, afirmou que mesmo ainda engatinhando já consegue expor bem o objetivo e diferencial da sua marca. Ela afirmou que o retorno é garantido, tanto financeiro quanto pessoal.

As festas organizadas pela empresa, principalmente aniversários, não utilizam bolas ou bexigas de látex, já que estas viram lixo no final da festa. Além disso, são utilizadas flores da época, os doces são servidos em embalagens reutilizáveis e a decoração é marcada por reutilização de materiais. “Utilizamos do luxo ao lixo. Fazemos coisas lindas com uma simples caixa de papelão, lata de leite em pó, vidrinhos de conserva”, contou.

Segundo Mirella, o destaque da sua marca está nos convites, lembrancinhas e forminhas feitos de papel semente, para que sejam plantados depois. A “Semente Mágica” vem com palavras gravadas que ficam marcadas no caule da planta ao crescer. “Um ótimo jeito de encantar as crianças e fazê-las se encantar pela a Mãe Natureza”, explicou a empresária.

Ela contou ainda que um dos pontos importantes de uma festa sustentável é a possibilidade de educar os participantes sobre os benefícios da sustentabilidade. “Uma festa sustentável não é sinônimo de pobreza de detalhes ou de ‘balela’ para nos diferenciar no mercado, como já ouvi dizer. É claro que é um diferencial, mas prefiro dizer que é um ideal. Nós precisamos ter consciência de como nosso meio ambiente está sendo degradado a cada dia. Acredito que cada um pode fazer a sua parte em prol da educação ambiental”.

Para o futuro, Mirella explicou que tem o objetivo de resgatar as festas de antigamente. “Festas sem exageros, gastos absurdos, muitas das vezes feitas em casa, na garagem ou no quintal da vovó”.

Fonte: EcoDesenvolvimento