Mercado precisa de Engenheiros

O Pró-Engenharias é desenvolvido pela Fapeam também em parceria com a SECTI-AM e Seduc desde 2011. Foto: Reprodução

Até o ano de 2020 será necessário formar entre 70 e 95 mil engenheiros por ano. Os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) chamam atenção porque mesmo sendo uma das profissões mais bem pagas do País, apenas 10% dos universitários brasileiros estão matriculados em cursos na área de engenharias.

O agravante é que do total dos formados em cursos de engenharias, apenas um terço trabalha na área técnica, a grande maioria presta consultoria ou monta sua própria empresa.  Dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Cofea) apontam que o Brasil possui cerca de 800 mil engenheiros trabalhando, com uma razão de seis engenheiros para cada cem habitantes.

Para se ter uma ideia, nos países europeus e asiáticos, essa razão é de 25 profissionais para cada 100 pessoas. Estes fatos motivaram vários investimentos na área a fim de aumentar a quantidade de engenheiros no País. Em 1995, o Brasil possuía 425 cursos de engenharia; no ano de 2012, esse número havia aumentado para 3.045 cursos.

Na Região Norte, os estados do Amazonas e Pará concentram quase 70% dos engenheiros com empregos formais. Segundo dados dos Cadernos de CT&I Amazonas, editados pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM), as áreas de civil, produção e elétrica retêm a maioria dos engenheiros.

No final do mês de abril, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e SECTI-AM  firmaram um Acordo de Cooperação Técnico-Científico com a Fucapi e Fundação Nokia a fim de oferecer 80 vagas no Programa Estratégico de Indução à Formação de Recursos Humanos em Engenharias no Amazonas (Pró-Engenharias) para as referidas instituições.  Com o acordo, os alunos de ensino médio receberão orientação técnica, científica e pedagógica no âmbito do Programa.

A diretora-presidente da Fapeam Maria Olívia Simão falou sobre a importância estratégica da assinatura do acordo.   “Acreditamos que como essas escolas  já têm em seus processos de formação o foco das ciências exatas, vamos ter com certeza resultados significativos para mudar o cenário da formação tecnológica no Estado”, disse.

Segundo o diretor do Departamento de Educação da Fucapi, Niomar Pimenta, o Brasil precisa de engenheiros, então o objetivo é fomentar nos jovens o interesse pela engenharia com o Programa. “Nosso objetivo é mostrar que a engenharia não é tão assustadora, muito pelo contrário, é motivante, pois estuda os fenômenos da natureza e  suas aplicabilidades. É importante também para contribuirmos com a região, com a sociedade, suprindo essa demanda por engenheiros”, ressaltou Pimenta.

 PANORAMA

O coordenador dos cursos de Engenharia da Produção e de Telecomunicações da Faculdade Fucapi, Frederico Pinagé, disse que o cenário do mercado de trabalho para engenheiros no Amazonas é reflexo do nacional. “Ou seja, é bastante promissor com demanda insatisfeita em algumas áreas como Bioengenharia, Engenharia de Processos e Engenharia Civil, dentre outras”, disse, recomendando que seja feita uma divulgação maior sobre o sucesso que essa profissão pode proporcionar.

Para a coordenadora do curso de Engenharia da Computação da Faculdade Fucapi, Ingrid Figueiredo, a expansão do mercado tecnológico local atualmente apresenta uma demanda crescente de profissionais com conhecimentos integrados de engenharias eletrônica e de computação. “A estratégia para suprir esta demanda local está na formação de profissionais de elevada qualidade, focados no desenvolvimento de soluções para as principais carências do setor produtivo”, disse.

Nesse sentido, a Faculdade Fucapi tem vanguarda na formação de engenheiros no Norte. “O principal diferencial dos cursos de Engenharia da Faculdade Fucapi é o ensino de alta qualidade, voltado para o desenvolvimento da região e, consequentemente, do nosso País”, destacou Ingrid Figueiredo.

Fonte: Fucapi