Mobilização em Brasília chama a atenção para necessidade de aplicar recursos do pré-sal em Educação e C,T&I

Ato público reforça o abaixo-assinado realizado pela SBPC e ABC reivindicando o mesmo objetivo. Para endossar a petição acesse o endereço na internet: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=PL8051.

A mobilização pública da SBPC e ABC – realizada hoje (29), às 15h, na Câmara dos Deputados – chamou a atenção da sociedade sobre a importância de se vincular uma parte da receita do petróleo, extraído da camada de pré-sal, a investimentos em educação, ciência, tecnologia e inovação (C,T&I). Na prática, o ato público vem reforçar o abaixo-assinado realizado recentemente pelas duas entidades reivindicando o mesmo objetivo.

Para participar desse movimento acesse o endereço na internet: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=PL8051.

Categórica, a presidente da SBPC, Helena Nader, destaca que a exploração do petróleo da camada de pré-sal tem um ponto de limitação. Dessa forma, ela ressalta a importância de o Brasil aproveitar o momento e investir uma parte expressiva das riquezas provenientes do petróleo extraído da camada de pré-sal em educação, ciência, tecnologia e inovação, áreas que agregam valor ao patrimônio público e asseguram o desenvolvimento social e econômico do País em médio e longo prazos.

"Nossa proposta é de que os royalties do pré-sal sejam utilizados para resolver duas questões importantíssimas para o futuro do Brasil: melhorar a qualidade do ensino público e dotar nossas instituições de pesquisa e empresas das condições necessárias para promover a inovação tecnológica", disse Helena, acrescentando que a utilização dos recursos do petróleo do pré-sal não pode ser desperdiçada e nem aplicada em despesas de custeio da máquina pública (pagamentos de salários, por exemplo).

Apoio de entidades – O ato público realizado pela SBPC e ABC recebeu o apoio de entidades como a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), UNE (União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação Nacional de Pós-graduandos (ANGP), Abipti (Associações Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação), Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras) e Anprotec (Associação de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), dentre outros órgãos, que devem estar presentes na mobilização.

Segundo o vice-presidente da Andifes, Alvaro Prata, o Brasil vive uma "oportunidade única" de alavancar a educação e garantir o futuro econômico do País. Ele lembra que o Brasil já é sétima maior economia mundial e deve ser a quinta nos próximos anos. "Por isso, precisamos de recursos para formar recursos humanos qualificados, investir em inovação, em tecnologia e ampliar as entidades científicas e tecnológicas", reforça Prata, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Engrossando o coro, a presidente da ANPG, Elisangela Lizardo, diz ver com "bons olhos" a iniciativa da SBPC e da ABC em defesa de recursos do petróleo oriundo da camada de pré-sal. Ela lembra que essa já é uma bandeira defendida pela instituição. 

Heitor Zanini, que faz parte da Comissão Eleitoral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB), acredita que essa mobilização deve servir de base para parlamentares e governo se sensibilizarem sobre a necessidade de vincular uma parte da receita do petróleo do pré-sal, que são riquezas nacionais, a investimentos em educação, ciência, tecnologia e inovação. "Acho que, como esse movimento, vai haver uma proposta igualitária, de se garantir pelo menos 10% do PIB na educação", estima.

Fonte: Jornal da Ciência, por Viviane Monteiro