Museu Emílio Goeldi revela Amazônia na SBPC
19/07/2012 – Por meio da exposição “Amazônia Desconhecida”, o Museu Paraense Emílio Goeldi (Mpeg/MCTI) apresentará o Censo de Biodiversidade, durante a mostra de ciência, tecnologia e inovação (ExpoT&C) da 64ª Reunião da SBPC, que ocorre de 22 a 27 de julho da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
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O Censo de Biodiversidade é uma proposta de trabalho cujo objetivo é informar à sociedade sobre a necessidade de organização do conhecimento da biodiversidade amazônica, com destaque para a diversidade biológica, riqueza, espécies ameaçadas de extinção e os fatores que constituem essa ameaça na região. A proposta inclui, também, a identificação de avanços e lacunas no conhecimento adquirido, assim como das áreas prioritárias para novas pesquisas.
O Museu Goeldi tem a expectativa de que o Censo de Biodiversidade conte com a participação de outras instituições de pesquisa do país, de maneira a contemplar todos os biomas brasileiros. O Censo da Biodiversidade foi formulado no âmbito do Programa Biodiversidade da Amazônia do Museu Goeldi, com base em dados de projetos, como o Biota Pará, o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) Amazônia Oriental, Cenários, Expedições Biológicas a Calha Norte e a Terra do Meio, Probio Marajó, INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, além de outros.
Além de apresentar o censo, a exposição do Mpeg abordará o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio Amazônia Oriental), rede de pesquisa que aglutina núcleos regionais no leste e oeste do Pará, no Amapá, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins. Durante a mostra, serão apresentados alguns resultados do PPBio, como o lançamento do livro “Amazônia maranhense: diversidade e conservação”.
Exposição de fotografias
A exposição “Amazônia Desconhecida” é composta de painéis fotográficos que apresentam o trabalho desenvolvido pelo Museu Goeldi na região amazônica, com o objetivo de identificar novas espécies, além de chamar atenção para o desmatamento na região.
Um dos destaques desse trabalho de pesquisa é sobre o pau-cravo (Dicypellium caryophyllaceum), espécie considerada extinta e que durante o período colonial da história do Brasil era uma das drogas do sertão. O pau-cravo, com sabor de cravo e aroma de canela, foi redescoberto em 2008 por uma equipe de pesquisa do Museu Goeldi, coordenada pelo pesquisador Rafael Salomão. Durante a 64ª SBPC, o Mpeg também apresentará jogos eletrônicos, kits educativos, vídeos regionais e cartilhas, inteiramente vinculados ao tema, que evidenciam parte do conhecimento científico sobre a Amazônia.
Saiba mais sobre p PPBio
O PPBio é um programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que fomenta uma ampla articulação interinstitucional para criar infraestrutura para pesquisa científica, inventário dos biomas brasileiros, formação de recursos humanos, consolidação e informatização de acervos científicos e investigação de unidades de conservação protegidas integralmente. A coordenação da rede PPBio Amazônia Oriental é da zoóloga do Museu Paraense Emílio Goeldi Marlúcia Martins.
Texto: Ascom do MCTI/Site do Mpeg