Na FCA, estudantes apresentam dispositivo para reduzir danos causados por raios
CIÊNCIAEMPAUTA, POR FABRÍCIO ÂNGELO
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil é um dos países com a maior incidência de raios do mundo, são cerca de 70 milhões de raios que atingem o País todos os anos, o que equivale a uma média de duas ou três descargas elétricas por segundo.
Além disso, estas descargas atmosféricas, que ocorrem porque as nuvens se carregam eletricamente, causam prejuízos financeiros de cerca de R$ 1 bilhão por ano a empresas e residências.
Pensando nisso, alunas da Fundação Nokia, em Manaus, produziram um equipamento para proteger os eletrodomésticos de sobrecarga na rede, evitando queima e possíveis prejuízos.
O equipamento é um dos projetos apresentados por estudantes na II Feira de Ciências da Amazônia (FCA), atividade que faz parte da 11ª. Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Manaus, que é coordenada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM) e acontece até esta sexta-feira (07), no Clube do Trabalhador – Sesi, zona leste de Manaus.
De acordo com a estudante, Yasmin Torres, o dispositivo eletrônico supressor de incidência, automatiza os sistemas eletrônicos de residências ou empresas para fazer a proteção interna dos eletrodomésticos contra descargas elétricas provenientes de raios. “Essas descargas acontecem no período em que chove muito. Aqui, no Amazonas, é nos meses de novembro a março”, disse.
O dispositivo funciona conectado a uma tomada e aos eletrodomésticos, como um plugue, e faz a proteção em caso de incidência de raios. “Conforme informação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), quanto maior a quantidade de chuva, mais provável será a queda de raios”, afirmou a outra aluna participante do projeto, Daniela Caroliny.
O equipamento funciona com um sensor de chuva programado para detectar as tempestades, e que ao receber grande volume de água corta o fornecimento de energia para o aparelho. “Assim, ele não será queimado e nem causará danos no seu funcionamento. Apesar de ter função parecida como um para-raio, ele é muito mais barato e não precisa de mão de obra especializada para ser instalado”, ressaltou Caroliny.
CiênciaEmPauta, por Fabrício Ângelo