Novo Airão terá projeto de mini-estação para tratamento e reuso de óleo

O município de Novo Airão será o primeiro a receber o projeto piloto “Mini-Estação para Coleta, Tratamento e Reutilização de Óleos Lubrificantes em Centrais Termelétricas do Interior do Estado do Amazonas”. No início deste mês, a Eletrobras Amazonas Energia e a Fucapi assinaram a Ordem de Serviço do projeto que visa o tratamento, descontaminação e a reutilização do óleo lubrificante usado em grupos geradores nas usinas termelétricas instaladas no interior do Estado.

“Esse projeto de P&D vem atender às muitas premissas da empresa e da sociedade, tanto do ponto de vista tecnológico, quanto socioambiental. O tratamento do óleo lubrificante, por meio de uma mini-estação, vai reduzir o uso desse produto não renovável. Assim, a empresa cumpre seu papel para com o meio ambiente que é o de reutilizar esse óleo, reintroduzindo-o nos grupos geradores. Essa é uma ação inovadora dentro do nosso Estado que ainda trabalha com sistemas isolados”, comentou Jurimar Collares Ypiranga, gestor do projeto de P&D pela Eletrobras Amazonas Energia.

A logística com o transporte do óleo lubrificante para as usinas do interior do Estado também foi uma das premissas levadas em consideração pelo projeto.  “Do ponto de vista ambiental e econômico, podemos dizer que a importância do projeto fica bastante clara, principalmente, quando se fala em riscos ambientais relacionado ao transporte do óleo lubrificante. Mas, se conseguirmos trabalhar isso de forma adequada, estaremos diminuindo esses riscos”, disse o coordenador de Serviços Tecnológicos da Fucapi, Rogério Pereira, destacando que, futuramente, a pesquisa poderá ser utilizada em outras regiões do Brasil.

PROJETO

O analista ambiental Allan Lima, que é o gestor do projeto pela Fucapi, ressalta que a pesquisa em P&D pelo programa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovado no ciclo 2012/2013 deverá ser composto de etapas distintas e adequadas ao processo de geração de energia da UTE de Novo Airão, onde será desenvolvido. A ideia é devolver as características básicas ao óleo lubrificante recolhido como resíduo, fazendo-o retornar à cadeia de reuso como óleo recuperado e descontaminado, uma vez que, depois de usado, ele é classificado como resíduo perigoso.

“A logística do óleo lubrificante funciona em um nível estável no Brasil, por determinação de resoluções já vigentes. Porém, é preciso evoluir o processo de reciclagem, não somente das embalagens como também dos resíduos desses insumos, tanto por força das leis e resoluções ambientais inerentes, como pelo compromisso das concessionárias em estabelecer critérios correlatos dentro da cadeia de geração de energia elétrica”, ressaltou.

Fonte: Portal Fucapi