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O inventário florestal nacional (IFN) vai cobrir a Amazônia, segundo JC e-mail 4654 de 28/1/13, com um aporte de R$ 65 milhões do Fundo Amazônia. Quase metade do bioma está no Amazonas e este estado já tem o seu inventário pronto (padrão IFN). Os recursos economizados com o Amazonas poderiam ser alocados aos outros estados para dobrar o número e a qualificação das equipes de campo. A maioria das parcelas deve cair em áreas de difícil acesso, com abastecimento complicado de víveres; sem contar com as endemias.

O inventário estadual é parte do sistema de inventário florestal contínuo do Amazonas (IFC-AM), que foi aprovado pela FAPEAM em 2003. Em 2006, o IFC-AM foi incorporado ao PRONEX – Manejo Florestal e, a partir de 2008, ao INCT – Madeiras da Amazônia, ambos financiados pela FAPEAM e CNPq. Todos estes projetos foram submetidos pelo laboratório de manejo florestal (LMF) do INPA e aprovados depois de passar por rigorosas avaliações de referees bolsistas de produtividade do CNPq. Em 2009, com apoio do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o LMF aprovou um projeto junto à Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, em inglês) para completar a coleta de dados, espacializar todas as parcelas e geoprocessar o IFC-AM.

Os métodos, as logísticas, o dimensionamento de equipes e equipamentos – baseados em pesquisas realizadas na região – são revisados depois de cada inventário e aperfeiçoados para o próximo. Na última coleta, por exemplo, realizada na Resex Auati-paraná (Fonte Boa), as equipes montadas foram: inventário florestal, dendrologia, madeira caída, índice de área foliar, geotecnologia, raízes finas e socioambiental. Cada equipe é liderada por um engenheiro florestal ou assemelhado, normalmente aluno de pós-graduação do INPA.

Atualmente, o IFC-AM é composto de 2100 parcelas de 20 x 125 m cada sendo que 500 delas já foram remedidas, pelo menos, em uma ocasião. Em junho de 2013, o LMF instalará parcelas no Médio Purus para encerrar a verdade de campo. O IFC-AM completo terá 17 sítios diferentes em todas as mesorregiões do estado. A meta a ser atingida em abril de 2014 é um mapa de carbono florestal do Amazonas, a partir de algoritmos desenvolvidos para diferentes escalas, da parcela (LiDAR) passando pelo sítio (PALSAR, TerraSAR-X) até o estado como um todo (Landsat TM, MODIS).

Niro Higuchi possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná(1975), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1978), doutorado em Engenharia Florestal pela Michigan State University (1987) e pós-doutorado pela University of Oxford (1998). Atualmente é Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Membro de corpo editorial da CERNE (UFL), Membro de corpo editorial da Floresta (UFPR), Membro de corpo editorial da Forest Ecology and Management, Membro de corpo editorial da Revista Árvore (Impresso) e Membro de corpo editorial da Scientia Forestalis (IPEF). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Manejo Florestal. Atuando principalmente nos seguintes temas: Manejo Florestal, Conservação Florestal, Dinâmica Florestal.