ARTICULISTAS

Há alguns anos a temática Sustentabilidade vem ganhando força nas redações dos principais veículos de comunicação do país. A divulgação do IV Relatório de Avaliação do IPCC (International Pannel of Climate Changes) sobre as mudanças climáticas em 2007, serviu como mola propulsora para a produção de pautas ambientais, como não se via desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, a Rio 92.

É claro que o sensacionalismo e as restrições publicitárias ainda fazem parte do jogo, mas temos que aproveitar o momento deste novo “boom” midiático para passarmos a informar cada vez mais, pois a pauta ambiental é extensa e urgente.

Antes restrita aos cadernos de ciências e aos programas especializados, a temática ambiental vem ganhando força em todos os níveis de produção da informação. Informação que deixou de apenas abordar o lado científico da questão, mas começou a incorporar também os lados social e econômico, mostrando que é importante buscarmos o equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação.

Dentro desse contexto, o profissional de comunicação, especialmente o jornalista, é fundamental para que a informação seja divulgada de forma concisa colaborando para que a população possa refletir sobre os debates que já vem acontecendo no âmbito público e privado.

É por meio do profissional bem preparado e comprometido que o debate sobre sustentabilidade vem tomando conta das rodas de conversa, do noticiário nacional,  regional e também dos meios acadêmicos.

Hoje o Brasil é o 13º país em produção de conhecimento no mundo e faz parte do IDC (Innovative Developing Countries), que são os países com capacidade de pesquisa bastante desenvolvida muito embora não sejam (ainda) líderes econômicos mundiais.  Isso demonstra que temos uma fonte infinita para a produção de matérias sobre ciência, tecnologia e inovação e a oportunidade de mostrar para a população como os efeitos dos fenômenos ambientais podem nos afetar de maneira favorável ou não.        Ziggiatti (1998) afirma que a comunicação é essencial para a conscientização pública de segmentos da sociedade sobre como agir para a promoção do desenvolvimento sustentável.

Todos têm direito à informação e a imprensa deve ser uma das formas de democratizar a informação científica, social e econômica embutida nas questões ambientais.

Fabrício é jornalista, mestre em Ciência Ambiental e coordenador do Programa de Divulgação e Educação Cientíifica da Fiocruz Amazônia.