ATLAS DOS CIENTISTAS
Pai da Limnologia na Amazônia
Haraldi Felix Ludwig Sioli – alemão, Zoólogo, viveu 50 anos na Amazônia. Chegou ao Brasil em 1938, por meio de um programa de intercâmbio de estudantes. Esteve em São Paulo, Paraíba e Ceará, mas a entrada do Brasil na II Guerra Mundial o impediu de voltar para a Alemanha. Fixou-se na Amazônia e, enquanto a guerra acontecia, trabalhou nas missões religiosas franciscanas ora como cientista ora como médico, ajudando os frades a tratar os índios Mundurucu durante uma epidemia de sarampo. Terminada a Guerra, depois de se livrar da acusação de espionagem, foi admitido como pesquisador no Museu Paraense Emílio Goeldi, transferindo-se mais tarde para o quadro de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Iniciador da ecologia tropical alemã, foi diretor do departamento de Ecologia Tropical do Instituto Max-Planck de Limnologia em Plön, cabe ao Dr. Sioli também o mérito de haver iniciado, nos anos 1960, a cooperação científica Brasil / Alemanha com o Projeto INPA / Max-Planck.
Sioli estabeleceu as bases da liminologia na Amazônia, explicou a inexistência da esquistossomose na região e incentivou a formação de pesquisadores brasileiros e alemães. Com Djalma Batista, criou a revista Amazoniana, em edição conjunta INPA/Max Planck.
Pelo pioneirismo e pelo impacto gerado, Haraldi Sioli se eternizou para a ecologia amazônica e a ciência brasileira e internacional. É chamado “Pai da Limnologia na Amazônia”. Entende-se como Limnologia, o estudo ecológico da correlação e a dependência entre organismos habitantes de águas estagnadas que não são influenciadas pelo mar, como: águas subterrâneas, poços, fontes, nascentes, riachos e rios, lagoas, lagos, brejos e águas temporárias.
Fonte: SECTI-AM, Atlas dos Cientistas do estado do Amazonas