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Pele coçando? Pode ser dermatite atópica!
29/03/12 – Coceiras na pele, lesões que podem ser avermelhadas – em crianças pequenas – ou de coloração mais escuras – nas crianças maiores e nos adultos – pele ressecada com surgimento de crostas e descamação, inchaço em regiões onde a coceira é intensa… Não, não se trata de uma reação alérgica, mas sim de outra doença de pele: a dermatite atópica.
Ao contrário do que muitas pessoas possam acreditar a dermatite atópica não é uma alergia, mas sim uma doença crônica que causa inflamação da pele, essa sim, o motivo das lesões e coceiras. A doença não é contagiosa, mas de origem hereditária, afetando, geralmente, pessoas com histórico pessoal ou familiar de doenças como a asma, a rinite alérgica ou a própria dermatite atópica. Segundo a Associação de Apoio à Dermatite Atópica (AADA), crianças que possuem pelo menos um dos pais com essas doenças tem 25% de chances de apresentar alguma forma da dermatite atópica.
Como surge?
A dermatite atópica normalmente se manifesta no primeiro ano de vida, porém mesmo depois de adultos, os indivíduos podem desencadear a doença.
Alguns alimentos, como frutos do mar; fatores ambientais, como o bichinho de estimação, fungos, poeira; irritantes cutâneos, produtos químicos, sabão, perfumes; infecções por vírus ou bactérias e também fatores emocionais – como o estresse – são alguns dos principais desencadeantes da dermatite atópica.
Não há um perfil exato de pacientes: são de idades variadas e condições sócioeconômicas diversas, a dermatite atópica é uma doença universal.
Tratamento e cuidados
O tratamento para a dermatite atópica baseia-se principalmente no controle dos fatores ambientais, mas também pode incluir medicamentos.
Hidratar a pele – que normalmente torna-se seca – com hidratantes neutros e ingestão de água, além do cuidado na hora do banho são as primeiras recomendações dos especialistas. Os banhos devem ser rápidos, evitando água quente, excesso de sabonetes e buchas.
A pessoa com dermatite atópica deve manter distância de substâncias e fatores que possam causar irritação na pele ou piorar seu estado. No caso dos fatores emocionais, é importante procurar alternativas para evitar ou amenizar o estresse e a ansiedade.
Alguns casos da dermatite atópica são tratados com medicamentos: as pomadas e cremes de cortisona são os mais comuns, apesar dos imunomoduladores tópicos também já terem sido introduzidos; já os anti-histamínicos (antialérgicos) orais são recomendados para aliviar as coceiras.
Em casos mais graves a cortisona via oral e os imunossupressores podem ser indicados. Em casos de infecção, o médico pode receitar antibióticos. Terapias com raios ultravioletas e óleos vegetais orais também podem ser utilizados. Uma coisa é certa: qualquer tratamento e, principalmente, medicação a ser usada devem ser indicados pelo médico dermatologista.
Fonte: Fundação Alfredo da Mata
