Pesquisa aponta que avanço do Alzheimer é mais rápido nas mulheres

Passados mais de 100 anos desde que foi descrito, o mal de Alzheimer ainda desafia a medicina, que, apesar de avanços nas últimas décadas, não decifrou por completo a doença degenerativa, caracterizada pela morte gradual dos neurônios. Uma das particularidades desse tipo de demência é a diferença entre gêneros. Estudos epidemiológicos e pesquisas baseadas em exames de imagem mostram que os danos aparecem primeiramente nas mulheres, que sofrem maior perda de massa cinzenta do que os homens.

O trabalho mais recente sobre a variação da doença de acordo com o sexo foi apresentado hoje na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte. Um estudo da Universidade Médica do Sul da Califórnia em Charleston mostra que a atrofia cerebral e a morte de células do órgão progridem mais rapidamente nas mulheres.

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Na pesquisa, Maria Vittoria Spampinato, professora de radiologia da instituição, avaliou as informações médicas de 109 pacientes que participam da Iniciativa de Neuroimagem para a Doença de Alzheimer, uma pesquisa que acompanha centenas de indivíduos saudáveis e pessoas que já sofrem algum tipo de declínio. Todos os participantes do estudo de Spampinato apresentavam sinais de transtorno cognitivo leve, condição na qual ainda não existe a demência e as funções cognitivas estão preservadas. Contudo, os pacientes já sofrem problemas de memória. O transtorno é considerado um dos mais fortes fatores de risco para o Alzheimer.

 

Fonte: Correio Braziliense, por Paloma Oliveto