Pesquisa investiga águas subterrâneas do Passeio do Mindu

Alunos de Engenharia Civil, da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), mapearam a área do passeio do Mindu, em Manaus, com o objetivo de identificar o nível da profundidade de águas subterrâneas e possíveis contaminações nos lençóis freáticos da localidade. A área pesquisada é composta por inúmeras obras de prédios e esse estudo irá contribuir para o setor de engenharia civil da capital elaborar projetos de construção de fundações desses empreendimentos.

Segundo Marcello Barbosa, bolsista do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), o objetivo dessa pesquisa é identificar e mapear a distribuição espacial das propriedades geoelétricas e profundidade do nível d’água nas margens do Passeio do Mindu.

“Delineamos no Passeio do Mindu, o comportamento geológico em subsuperfície dessa área, tais como a determinação da posição das camadas subterrâneas. Além disso, caracterizamos os estratos sedimentares e a mudança de camadas geológicas”, explicou Barbosa.

Sob a orientação da professora do departamento de Engenharia Civil e doutora em Geofísica, Jamile Dehaini, a pesquisa está sendo realizada há um ano por um grupo de bolsistas do Paic/FAPEAM e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Segundo o bolsista do Pibic, Gabriel Alencar,  a partir da realização de todas as sondagens elétricas realizadas em dez pontos do Passeio do Mindu serão geradas representações das camadas geológicas. “Isso permite a verificação do comportamento hidrogeológico (águas subterrâneas) em subsuperfície, tais como a profundidade do nível da água, a mudança de camadas geológicas e a provável direção do fluxo de água subterrâneo, para assim orientar os estudos posteriores necessários para proteção do ponto de vista hidrológico em relação a alguma fonte de contaminação”, afirmou Alencar.

Apoio da FAPEAM e do CNPq

Na avaliação de Barbosa, desenvolver um projeto científico ainda na faculdade está sendo um grande diferencial para sua formação e, principalmente, por contar com o financiamento de bolsas do Governo do Estado do Amazonas por meio da FAPEAM. “A bolsa representou um grande incentivo para iniciar minha vida científica, além de proporcionar a oportunidade, ao longo da graduação, de ter me feito conhecer novas áreas para possível especialização”, afirmou.

Para Alencar, bolsista do Pibic, participar da pesquisa foi muito interessante para ampliar os horizontes na vida acadêmica, que pretende seguir.  “Antes desse projeto, eu não tinha ideia de como ocorria a construção de um trabalho científico”, disse.

Expo T&C

O trabalho está sendo exposto até a próxima sexta-feira, 15 de julho, no estande do Amazonas, no âmbito da Expo T&C da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Federal de Goiás (UFG).

Fonte: Agência FAPEAM, por Cristiane Barbosa