Pesquisa revela perfil dos usuários de crack no Brasil

Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os usuários de crack, considerados dependentes químicos e, portanto, passíveis de tratamento, não devem receber sanções penais. Foto: Reprodução

O governo federal apresentou, neste mês, os resultados das pesquisas ‘Estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas capitais do País’  e ‘Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil’. Segundo a Fiocruz, autora das pesquisas, este é o maior e mais completo levantamento feito sobre o assunto no mundo. O estudo apontou que o consumo de crack e de drogas similares é feito por, aproximadamente, 370 mil pessoas nas capitais e no Distrito Federal. A pesquisa também traçou o perfil dos usuários: homens (78,7%), com de idade média de 30 anos e que se encontram em situação de rua (47,3%).

Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os usuários de crack, considerados dependentes químicos e, portanto, passíveis de tratamento, não devem receber sanções penais. “A maior parte dos usuários é de pessoas de extrema vulnerabilidade social. Quando você vai ouvi-las, ao contrário do que muitos pensam, 80% querem tratamento e 92% querem apoio para conseguir emprego ou ensino para se reinserir socialmente”, disse.

Lançado em 2011, o programa ‘Crack, é Possível Vencer’ já teve o aporte de R$ 1,5 bilhão para ações integradas de segurança, cuidado e assistência de dependentes químicos. Deste total, R$ 1,4 bilhão foram investidos pelo Ministério da Saúde em ações para implementação e custeio de serviços que atendem aos usuários de crack.

Fonte: Web Rádio Saúde/Agência Saúde – Ascom/MS