Musa realiza palestra sobre composição de plantas e métodos de raios-X
A composição mineral de plantas e métodos de raios-X. Este é o tema da palestra desta quinta- feira (27), às 17h, na sede administrativa do Museu da Amazônia (Musa), rua Planeta Plutão (antiga rua E-G), 11 – Morada do Sol, Aleixo. A palestrante é a professora doutora, Cláudia Cândida Silva, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A entrada é gratuita.
Cláudia Cândida Silvas é graduada em química e doutora físico-química pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Cristalografia, atuando principalmente nos seguintes temas: cristalografia, química quântica (método semi-empírico), quimiometria, determinação de estruturas de pequenas moléculas por difração de raios-X por monocristais, difração de raios-X por amostras policristalinas e fluorescência de raios-X. Atualmente é professora do curso de engenharia química da Universidade do Estado do Amazonas, onde é líder do Grupo Crowfoot de Métodos de Raios-X de pesquisa.
De acordo com a palestrante, de um modo geral, pouco se estuda sobre a presença de elementos químicos diferentes dos que compõem a matéria orgânica. Em plantas medicinais, estes estudos são especialmente importantes devido ao consumo crescente e nas formas mais variadas pela população.
Com uma busca rápida por periódicos, percebe-se que os trabalhos são voltados, em sua maioria, para a nutrição das plantas, buscando macro e micronutrientes. Pouco se fala sobre a possível acumulação de alguns metais pelos usuários. Talvez porque a principal metodologia utilizada neste tipo de estudo trabalha um elemento por experimento. Mas novos métodos estão surgindo, onde a análise multielementar pode mostrar a presença de bioelementos pouco comuns como W, Co, Rb, entre outros.
O consumo indistinto de fitoterápicos baseia-se na crença popular de que medicamentos à base de vegetais são isentos de riscos à saúde. No entanto, o caráter “natural” de tais produtos não é garantia da isenção de reações adversas. Dependendo da dose, tais produtos podem ser benéficos ou tóxicos para o organismo e ainda, minimizar, aumentar ou se opor aos efeitos dos medicamentos alopáticos. A maior parte dos fitoterápicos que são utilizados atualmente não tem seu perfil tóxico bem conhecido. A pesquisa com plantas medicinais tem-se limitado, prioritariamente, à identificação das espécies. Estes princípios ativos, apesar de serem eficientes no tratamento de doenças, podem estar armazenados na forma de compostos de difícil absorção no corpo humano.
Além da biodisponibilidade das espécies químicas em um vegetal e da variabilidade química sazonal, as condições químicas da rizosfera e os ajustes metabólicos que o vegetal realiza em relação a estas condições determinam a oferta de nutrientes e influenciam diretamente na aplicabilidade de uma planta medicinal.
Neste sentido, três métodos de raios-X estão sendo utilizados com grande frequência, na análise de presença e composição química estrutural destes elementos nas plantas.
Fonte: Museu da Amazônia