Pesquisadores descobrem ecossistemas intocados no fundo do mar

No começo deste mês, pesquisadores envolvidos na expedição Iatá-piuna — uma parceria dos governos do Brasil e do Japão para estudar em detalhes as profundezas do Atlântico Sul — anunciaram que os estudos geraram fortes indícios de que a Elevação do Rio Grande, imenso planalto submerso a 1.300km da costa brasileira, é, na verdade, um pedaço do continente que, há aproximadamente 100 milhões de anos, se desprendeu e afundou no oceano.

A incrível constatação, que rendeu à região o apelido de “Atlântida Brasileira”, contudo, não é o único resultado da empreitada científica. A exploração submarina revelou um universo vivo não imaginado pelos cientistas. Novos ecossistemas e animais marinhos de características únicas habitam as regiões visitadas e devem ser alvo de mais estudos nos próximos anos, podendo ajudar a compreender melhor o processo de formação da Terra.

Com a ajuda do submarino japonês Shinkai 6500, capaz de levar três pessoas a até 6.500m de profundidade, especialistas dos dois países conseguiram avistar, filmar, fotografar e colher amostras de sedimentos e de espécies que habitam, além da Elevação do Rio Grande, outras duas regiões submersas: o Dorsal de São Paulo (um grande paredão na borda da plataforma continental do Sudeste) e o Platô de São Paulo.

Fonte: Correio Braziliense