Plano de Ação em CT&I na Amazônia avança para as etapas regionais

CIÊNCIAemPAUTA, por Carlos Fábio Guimarães

O interesse em construir uma política voltada ao crescimento da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para a Amazônia Legal continua em alta junto aos representantes dos sete estados da região Norte mais o estado do Maranhão e do Mato Grosso. A reunião do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de CT&I (Consecti) e do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), ocorrida na sexta-feira (01), em São Luís, definiu a próxima etapa do plano.

Denominado Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento da Amazônia (PCTI/Amazônia), a proposta é coordenada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e visa definir estratégias de CT&I para a Amazônia Legal numa perspectiva de 20 anos, com ações de curto, médio e longo prazo.

Na etapa de São Luís, foram apresentadas as diretrizes para o início do trabalho, definidas a partir das consultas realizadas no final de 2012, junto às secretarias de CT&I e às Fundações de Amparo a Pesquisa (Faps). Com as propostas iniciais, representantes dos estados expuseram suas perspectivas em relação ao plano.

Um dos destaques do evento foi a participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco da Amazônia (Basa) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS), que puderam conhecer os objetivos do PCTI/Amazônia e demonstraram interesse em financiar as ações que visem o crescimento da região.

PRÓXIMA ETAPA E REUNIR COM OS ESTADOS

Do final de fevereiro ao início do mês de abril deste ano, representantes do CGEE estarão reunidos com os secretários de CT&I e presidentes de Faps dos estados para a construção das ações referentes ao PCTI/Amazônia.

De acordo com o diretor do CGEE, Antônio Carlos Galvão, a ideia da participação do CGEE é estabelecer um processo de planejamento participativo dos dirigentes, no qual os atores de cada estado sejam consultados e possam manifestar suas contribuições para que a agenda na área de CT&I para a Amazônia se fortaleça. “Não vamos impor ou construir as alternativas que o plano vai contemplar ao final do processo. O CGEE vai estimular alguns debates para que as ideias fluam e deem mais qualidade ao PCTI”, destacou.

Na visão do presidente do Consecti e secretario de CT&I do Amazonas (SECTI-AM), Odenildo Sena, o PCTI/Amazônia possui uma proposta diferente das anteriores direcionadas a região, pois a construção será coletiva e sairá de cada estado participante. “O CGEE vai percorrer todos os estados para ouvir os interessados em colaborar com o plano. Posteriormente, temos que ter a ousadia e a competência politica para negociar sua possível implementação durante os próximos 20 anos”, destacou.

CIÊNCIAemPAUTA, por Carlos Fábio Guimarães