Programa Ciência Sem Fronteiras será impulsionado no Amazonas
O Programa Ciência Sem Fronteiras deverá ser impulsionado no Estado do Amazonas ainda este ano, com o fortalecimento das parcerias entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).
Com R$ 3,2 bilhões em recursos disponíveis para a concessão de 75 mil bolsas voltadas para as áreas consideradas estratégicas pelo governo federal, o Programa Ciência Sem Fronteiras tem, entre suas finalidades, o objetivo de promover o avanço da ciência, tecnologia, inovação e competitividade industrial através da expansão da mobilidade internacional.
Nesse sentido, o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, propôs ao Consecti e ao Confap o início de parcerias com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) e as Secretarias Estaduais de C,T&I para impulsionar a participação no Programa Ciência Sem Fronteiras nos Estados.
A apresentação de propostas para parcerias no programa foi realizada na última sexta-feira (27/08), durante o último dia do Fórum Nacional Conjunto do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) e Conselho Nacional de Secretários de C,T&I (Consecti), realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa da Paraíba (Fapesq), no Hotel Tambaú, em João Pessoa-PB.
“O Amazonas sem dúvida participará ativamente deste programa, afinal temos na história de nossas entidades de pesquisa a cooperação internacional com a formação de amazonenses em entidades no exterior e muitos estrangeiros que por aqui passaram e outros que se fixaram em nosso Estado”, afirmou a diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão.
Segundo a presidenta, a articulação para o desenvolvimento do programa se dará no âmbito do fórum de instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, que é coordenado pela Sect-AM e conta com a participação da FAPEAM.
Na avaliação do diretor técnico-científico da FAPEAM, Jorge Porto, as expectativas em relação à implementação do programa no Amazonas são as melhores possíveis. “Iremos atuar fortemente para estimular as demandas para as áreas prioritárias previstas pelo Programa Ciência Sem Fronteiras”, disse. Porto reforçou que essa atividade será feita por meio de articulações entre a FAP e os gestores das instituições de ensino e pesquisa locais.
O presidente do CNPq vê o Amazonas como Estado promissor para deslanchar o Ciência Sem Fronteiras. De acordo com ele, o Estado tem um grande potencial, por sua história, especialmente pela sua condição estratégica para o País seja em relação à biodiversidade ou em relação à produção industrial.
“Temos em Manaus um polo industrial de alta tecnologia que precisa ser fortalecido com pesquisa, inovação e incorporação de conhecimento para que o desafio da competitividade internacional cada vez mais acirrada possa ser vencido”, afirmou Oliva.
Oliva considera ainda que há uma base real de produtividade dentro das empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus. “Temos que aproveitar e fortalecer essa base. Entendo que tanto as empresas, quanto os institutos de pesquisa e as universidades do Estado do Amazonas, assim como toda Região Norte, devem aproveitar este programa”, enfatizou.
Propostas
Em sua apresentação, Glaucius Oliva sugeriu ao Confap, que fossem feitas chamadas conjuntas via FAPs e CNPq com temáticas de interesse das Fundações, respeitando as áreas de interesse do Programa Ciência Sem Fronteiras. “O CNPq concede a bolsa e as FAPs financiam o “enxoval” ao laboratório anfitrião, no modelo do Programa DCR”, explicou.
Oliva propôs ao Consecti o estabelecimento de um plano de fortalecimento das instituições estaduais e, com isso, a possibilidade de absorção dos bolsistas nas universidades estaduais. “Neste caso, o CNPq pode manter a bolsa, reduzida em 50%, até o final do projeto”, explicou.
Segundo o presidente do Confap, Mário Neto Borges, a partir dessa apresentação o Consecti e o Confap vão marcar uma reunião técnica com o CNPq, para definir o detalhamento e envolvimento dos Estados no Programa Ciência Sem Fronteiras. “O programa é uma iniciativa louvável, considerada muito importante para que a ciência brasileira venha a se desenvolver e alcançar um padrão internacional”, frisou.
Sobre o Programa Ciência Sem Fronteiras
Promover uma maior visibilidade e inserção dos avanços nacionais está entre os principais motivos para o País investir em bolsas no exterior para estudantes e pesquisadores brasileiros. O investimento nessas bolsas irá proporcionar um melhor aproveitamento do conhecimento desenvolvido nas melhores instituições de ensino e pesquisa do mundo, além da exposição dos melhores talentos nacionais a um ambiente educacional e profissional onde inovação, empreendedorismo e competitividade já são o padrão. Conheça mais sobre o programa em www.cienciasemfronteiras.cnpq.br.
Conheça as áreas prioritárias do Programa Ciência Sem Fronteiras:
– Engenharias e demais áreas tecnológicas;
– Ciências Exatas e da Terra: Física, Química, Matemática e Geociências;
– Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde;
– Computação e tecnologias da informação;
– Tecnologia Aeroespacial;
– Fármacos;
– Produção Agrícola Sustentável;
– Petróleo, Gás e Carvão Mineral;
– Energias Renováveis;
– Tecnologia Mineral;
– Tecnologia Nuclear;
– Biotecnologia;
– Nanotecnologia e Novos materiais;
– Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais;
– Tecnologias de transição para a economia verde;
– Biodiversidade e Bioprospecção;
– Ciências do Mar;
– Indústria criativa;
– Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva;
– Formação de Tecnólogos.
Foto2: Presidente do CNPq, Glaucius Oliva (Autoria: Carol Sena).
Fonte: Agência Fapeam, por Cristiane Barbosa