Programa de Professores Indígenas da UEA vai formar primeira turma

No próximo dia 28 de agosto, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) realiza a cerimônia de colação de grau de aproximadamente 1900 acadêmicos da primeira turma do Curso de Pedagogia Intercultural, do Programa de Formação de Professores Indígenas (Proind).

O curso foi realizado em 52 municípios do Amazonas, por meio da modalidade de ensino Presencial Mediado por Tecnologia. Voltado principalmente para as comunidades da região Amazônica, a graduação em Pedagogia Intercultural tem o objetivo de formar profissionais para o exercício da docência na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, nas diferentes modalidades de ensino e no acompanhamento do trabalho pedagógico por meio de uma perspectiva intercultural.

Para garantir a regulamentação do curso no Ministério da Educação, uma comissão avaliadora percorreu 10 municípios durante 17 dias. A comissão era composta por seis avaliadores de universidades do Pará e do Paraná, além de assessores técnicos do Conselho Estadual de Educação.

Na tarde da terça-feira (29), a comissão avaliadora se reuniu com a coordenação do curso, na reitoria da UEA, para apresentar os resultados da avaliação.

Suely Menezes, presidente do Conselho Estadual de Educação do Pará, que fazia parte da comissão avaliadora, ressaltou que a multiculturalidade é uma temática muito controversa, ainda em discussão, e a UEA teve a coragem de inovar e ousar com resultados positivos. “A relevância social desse projeto, o resultado que ele gerou nos grupos e a possibilidade desses grupos modificarem os cenários locais é de uma relevância inequívoca. A universidade está de parabéns pelo trabalho que realizou”, acrescentou Menezes.

A coordenadora de apoio ao ensino da UEA, Ceane Simões, comemorou a resposta positiva da comissão avaliadora. “Eles fizeram relato de que essa foi uma experiência de uma magnitude sem dimensões, de responsabilidade social da universidade não só para as populações indígenas, mas também para não indígenas, o que caracterizou a interculturalidade”, disse.

Fonte: UEA