Programas da Fapeam contribuem para a formação acadêmica feminina no AM

A história da mulher no mundo científico começou a partir da ousadia de uma pesquisadora que se destacou na época em que os homens dominavam os laboratórios de pesquisa das universidades. Marie Curie, a única mulher a ganhar dois prêmios Nobel, foi uma das primeiras a cursar faculdade. Ela mudou os rumos da ciência com seus estudos sobre a radioatividade e a descoberta dos elementos Polônio e Rádio.

Assim como Marie Curie, outras mulheres destacaram-se na história e passaram a ocupar mais espaço no mundo científico. No Amazonas, a Fundação e Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) incentiva o público feminino desde a iniciação científica até a pós-graduação.

Atualmente, o banco de pesquisadores da Fapeam, que concentra o número total diretamente vinculado aos programas e projetos desenvolvidos pela Fap do Amazonas, aponta que dos 30.244 pesquisadores cadastrados, 17.057 são do gênero feminino.

Segundo a graduada em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, pela Universidade Nilton Lins (Uniniltonlins), Karen Eduardo Dantas, o primeiro contato com a pesquisa aconteceu por meio da Fapeam. “Eu cursava o ensino médio e, na época, não tinha ideia do que iria fazer ao terminar o 2º grau”, contou.

Dantas, que é professora do ensino fundamental no Centro Educacional Colombo Ladislau na Cidade Nova, Zona Norte, participou do programa Jovem Cientista Amazônida (JCA), em 2008. “O programa me direcionou a cursar Ciências Biológicas”, lembrou.

Na avaliação da profissional, os programas de iniciação científica são importantes para o desenvolvimento acadêmico. “É por meio desses trabalhos científicos que nos descobrimos como pesquisadores”, disse.

A história da doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia, Maria Dolores, é paralela à trajetória da Fapeam. Segundo a pesquisadora, a Instituição desperta o interesse de estudantes para a pesquisa. “A iniciação cientifica para os alunos de graduação é importante para traçar o perfil de pesquisador. Na graduação, o estudante aperfeiçoa qualidades desejadas em um cientista. É quando percebemos se o aluno tem vocação para a pesquisa”, comentou.

A Fapeam passou a fazer parte da história de Dolores desde a sua fundação, em 2003, quando a pesquisadora se tornou bolsista do Programa de Fomento à Iniciação Científica (Profic). Em 2007, ela ingressou no mestrado e mais uma vez passou a ser bolsista do RH-Mestrado/FAPEAM. Em 2012, foi aprovada no doutorado da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (PPG-Bionorte) com o projeto de Diversidade e Aplicação Biotecnológica de Agaricomycetes do Estado do Amazonas, desta vez como bolsista no Programa de RH-Doutorado/FAPEAM.

Fonte: Agência Fapeam, por Rosa Doval.