Rede Amazônica de Incubadoras busca parceiros na região Norte

CIÊNCIAemPAUTA, por Laize Minelli e Carlos Fábio Guimarães

Buscar apoio de secretários de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Presidentes de Fundações de Amparo à Pesquisa da Amazônia Legal para o fortalecimento das incubadoras em seus estados foi a tônica da apresentação da Rede Amazônica de Instituições em Prol do Empreendedorismo e da Inovação (Rami), durante o regional Norte do Consecti/Confap, ocorrido na última semana em São Luís-MA.

A ideia é que os representantes das instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) e de fundações de fomento sensibilizem as autoridades de seus estados para o investimento em empresas incubadas e parques tecnológicos, pois a região Norte ainda é muito carente de incentivos neste setor.

Na ocasião a presidente da Rami, Jane Moura, apresentou os resultados do ano de 2012, ressaltando a importância de se conhecer os resultados obtidos por meio dos investimentos realizados nos estados. “No Amazonas, temos o apoio da Secretaria de Estado em Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), sendo que está última, tem um edital de fomento exclusivo para empresas incubadas (Pró-incubadoras)”, destacou.

A presidente ainda afirmou que apesar da Rami estar presente em 99% da região Amazônica, algumas incubadoras não estão interligadas a rede e, futuramente, quando forem exigidas certificações especificas, como o selo de certificação de incubadoras (Cerne), não poderão concorrer aos editais da agência de fomento federais, como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Finep. Outro fator levantado é o número baixíssimo de parques tecnológicos na região Norte, pois existem somente um no Amazonas e outro no Pará.

“Procuramos sensibilizar com os resultados expressivos o papel que a Rami desenvolve. Os estados presentes na reunião precisam conhecer as iniciativas positivas ocorridas no Amazonas e no Pará, para verificarem como as incubadoras e as empresas incubadas podem colaborar na movimentação da economia de seus estados”, comentou Jane Moura.

QUANDO HÁ APOIO, O RETORNO É GARANTIDO

As empresas incubadas quando tem apoio do governo, geram retorno garantido para seus estados, não somente na questão financeira, como também nas áreas sociais, com maior empregabilidade, geração de impostos, entre outros benefícios. Em 2012, houve um faturamento aproximado de R$11 milhões relativo as empresas incubadas, além de várias micro e pequenas empresas se tornarem maiores em seus negócios.

Para a diretora presidenta da Fapeam, Maria Olívia Simão, a participação da Rami no Regional Consecti/Confap foi estratégica, pois possibilitou demonstrar com números os avanços alcançados, na área do empreendedorismo e inovação, alavancando o desenvolvimento dos estados que disponibilizam fomentos específicos às incubadoras.

RAMI

A rede amazônica em prol do empreendedorismo inovador é uma associação de direito civil sem fins lucrativos. Criada em 2011, em Belém (PA), com o objetivo de intensificar os contatos e a divulgação da oportunidade de instituições de ensino. Na última eleição para a coordenação da rede, o estado do Amazonas passou a coordenar os trabalhos da Rami.

A rede conta hoje com 13 associados contribuintes, sete associados colaboradores e um associado honorário. Atua na criação e implantação de novas incubadoras,  elaboração de Projetos de Captação de Recursos e capacitação para equipes de incubadoras.

CIÊNCIAemPAUTA, por Laize Minelli e Carlos Fábio Guimarães