Reunião do CGI discute acessibilidade e segurança na web

12/09/2012 – Acessibilidade e segurança na rede virtual ganham força nas discussões de fóruns, comitês e entre a sociedade em geral. Tema antes restrito apenas à esfera governamental, por exemplo, atualmente é debatido na web por todos. Este cenário também favorece o crescimento do número de usuários das redes sociais. Estes foram os assuntos da reunião itinerante do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), na manhã desta terça-feira (11), na Escola do Legislativo, localizada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

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O palestrante Vagner Diniz, que abordou sobre a acessibilidade, explanou sobre a necessidade de desenvolvimento de projetos de tecnologia assistiva na web. Segundo estatísticas realizadas em nível nacional, 95% das páginas governamentais não são acessíveis a este tipo de público.

Outro ponto abordado diz respeito ao formato aberto das informações na web, por meio dos sites públicos e governamentais. Diniz avalia como positiva a iniciativa de várias instituições como o Senado Federal e a Câmara dos Deputados em disponibilizar esses dados. “As informações disponíveis na internet em formato aberto torna possível à reutilização e possibilita mais conteúdo aos cidadãos”, ponderou.

Compartilhar com moderação

A dinâmica do compartilhamento de informações, notícias e entretenimento nas redes sociais também deve ser vista com cautela, na avaliação da gerente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Cristine Hoepers. De acordo com ela, é necessário que os internautas tenham cuidado ao expor informações na rede para os demais usuários.

Durante o evento, Hoepers apresentou a “Cartilha de Segurança para Internet”, com dicas de como usar as tecnologias de maneira moderada e com foco na segurança do usuário. O material, lançado em 2000, é destinado ao público em geral. Este ano, a cartilha apresenta um fascículo voltado especialmente para o uso das redes sociais, onde se destacam o Twitter, Facebook, Orkut e outras mídias sociais de grande alcance.

Para Hoepers, é necessário que os cidadãos tenham cuidado com o uso dessas mídias sociais, principalmente, quando a própria integridade física é colocada em risco. “Os usuários devem prestar atenção, por exemplo, em usar mídias sociais que mostram localização para evitar riscos de assaltos e sequestros. É preciso cuidar do que se está fazendo para que isso não se volte contra você”, disse.

A ideia agora é lançar uma série de fascículos a cada dois meses sobre temas voltados a segurança na internet, como compras eletrônicas e acesso de senhas de usuários on line.

Pautas de recomendações

Segundo o secretário-executivo do comitê, Hartmut Glaser, os assuntos tratados na reunião itinerante do CGI em Manaus vão nortear sugestões e recomendações junto ao Governo Federal, por intermédio de setores como o Ministério das Comunicações. “É uma reunião de informação, para trazermos contribuições aos participantes. O comitê é uma entidade pluralista onde toda a sociedade participa”, afirmou.

Entre as problemáticas apontadas por Glaser está o acesso à internet no Amazonas e na região amazônica como um todo. “O Amazonas está desconectado de todo o Brasil. Ouvimos algumas reclamações e precisamos insistir que o Plano Nacional de Banda Larga seja mais rápido para incluir todos os estados da região. Vamos conversar com o ministro Paulo Bernardo para que isso seja prioridade”, concluiu.

Fonte: Ciência em Pauta/ SECTI-AM, por Vanessa Brito.