Seminário debate estratégias para desenvolvimento regional
03/11/11 – Empresários, técnicos do setor e universitários participaram na manhã de sexta-feira (28/10), no Studio 5, do ciclo de seminários sobre Sistemas Locais de Inovação e Sustentabilidade, promovido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas (SECTAM), como parte da programação da Feira Internacional da Amazônia (FIAM). Os palestrantes debateram estratégias e subsídios para orientação de políticas públicas para o desenvolvimento regional.
O professor José Eduardo Cassiolato (Pós-Doutorado – Université Pierre Mendes-France, França, 2000 D. Phil.- Universidade de Sussex, Inglaterra, 1992 ‘Master of Arts’ em Economia do Desenvolvimento), falou, dentre outros assuntos, sobre sistema de inovação e novas políticas para o setor produtivo, enfatizando que o Brasil é um dos poucos países bem posicionados diante do paradigma tecnologia x sustentabilidade. Isto porque possui um bom capital intelectual, além de recursos naturais como água, energia limpa e diferentes biomas, referindo-se à biodiversidade e a riqueza amazônica.
Já o segundo palestrante do dia, o finlandês Martti Laounonen (Ph.D., Economia e Administração de Empresas, 1999), apresentou o caso de sucesso do Sistema Inovador e Produtivo existente na Finlândia. Ele fez uma retrospectiva dos últimos 30 anos de inovação daquele país. Laounonen explicou que a Finlândia possui 23 parques científicos que convivem lado a lado com universidades e áreas residenciais situados ao redor de florestas. Ele enfatizou que foi preciso criar um atrativo para as empresas se instalarem naquele país.
Ele explicou também que toda a base do sucesso na Finlândia está na estrutura física e de serviços. “É preciso criar facilidades para atrair os investidores”, disse ressaltando que outro ponto a ser levado em consideração é a base educacional. “Se tivermos um bom sistema educacional teremos bons pesquisadores e as universidades têm um papel fundamental nesse processo. Tendo essas bases poderemos atingir o topo”, diz Martti Laounonen.
“Não há desenvolvimento sem a inclusão social”, comentou a doutora Helena Maria Lastres, coordenadora do Comitê de Arranjos Produtivos e Inovativos e Desenvolvimento Regional, do Gabinete da Presidência do BNDES, ao referir-se sobre o acesso ao conhecimento como principal ativo do Terceiro Milênio. Ela falou também que a aquisição de conhecimentos, equipamentos e tecnologia desenvolvidos externamente jamais substituem a relevância da criação de capacitações próprias e locais.
Maria Helena também destacou que a base do dinamismo produtivo e inovativo associam-se fortemente a atividades e capacidades existentes ao longo da cadeia de produção e comercialização, além de envolver uma série de outras atividades e organizações responsáveis pela assimilação, uso e disseminação de conhecimentos e capacitações.
Veja a apresentação de Maria Helena Lastres aqui
Veja a apresentação de José Eduardo Cassiolato aqui
Imagem 1 – Dalton Chaves Vilela (Secretário Executivo Adjunto da SECTAM), Helena Maria Lastres e José Eduardo Cassiolato
CIÊNCIA EM PAUTA/SECTAM, por Luciete Pedrosa