Simpósio da Academia Brasileira de Ciências vai discutir medicina translacional

A integração das atividades das universidades, governos e empresas nos modernos sistemas de Ciência, Tecnologia e Inovação nos países mais avançados praticamente eliminou a defasagem entre uma descoberta e sua aplicação, criando “feedbacks” positivos entre a pesquisa e o desenvolvimento socioeconômico.

No caso das ciências biomédicas, o extraordinário avanço alcançado pela pesquisa fundamental não foi acompanhado de um impacto equivalente na prática médica. Um novo paradigma para acelerar a transferência do conhecimento gerado na bancada para a prática médica vem sendo explorado. Tal paradigma, reconhecido como Medicina Translacional, envolve o conjunto do conhecimento concebido nos laboratórios biomédicos, associado àqueles produzidos por outras ciências, em busca da melhoria dos serviços de saúde. A noção de “bench to bed” (da bancada à clínica) é, no entanto, uma via de mão dupla, já que problemas não resolvidos na Medicina inspiram projetos de investigação na área básica.

 

REDE BRASILEIRA

No Brasil, já existe uma rede de investigação clínica criada pelo Ministério da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o que indica um futuro promissor para a Medicina Translacional. Porém, considerando a lacuna entre a experiência alcançada nos países de vanguarda e a limitada tradição existente no Brasil, as Academias Brasileira de Ciências e Nacional de Medicina decidiram promover um simpósio que, além de avaliar a experiência brasileira, estimule a divulgação deste novo paradigma e o engajamento das comunidades científica e médica no esforço de superar, com medidas concretas, a grave posição que se encontra o País nesse campo. O evento acontece no dia 29 de novembro, na sede da ABC, no Rio de Janeiro.

Veja a programação e o perfil dos palestrantes aqui.

Inscrições gratuitas pelo e-mail medtrans@abc.org.br, colocando nome, instituição a que está vinculado e e-mail para contato. Mais informações: (21) 3907-8132.

O Simpósio será coordenado pelo acadêmico Eduardo Moacyr Krieger e será oferecido certificado de participação aos interessados.

Fonte: Jornal da Ciência ( da Ascom da ABC)