Sirius busca parceiros na indústria brasileira

Um dos maiores projetos de ciência do Brasil está em busca de empresas para firmar parcerias em inovação. O novo acelerador de elétrons brasileiro, Sirius, será um dos mais avançados do mundo, competindo com outras máquinas de ponta na Europa, América do Norte e Ásia.

O projeto, de 650 milhões de reais, permitirá o uso de radiação síncrotron para o estudo avançado de materiais. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), responsável pelo projeto, abre oportunidade para empresas brasileiras desenvolverem e fabricarem os componentes, equipamentos e sistemas que serão utilizados em Sirius.

Cerca de 30 desafios tecnológicos voltados, principalmente, para as áreas de Mecânica e Eletrônica serão disponibilizados para empresas de base tecnológica com o intuito de fomentar a participação delas neste projeto. Enquanto na atual fonte síncrotron do LNLS a maior parte dos dispositivos e elementos da máquina foi fabricada pelos próprios grupos técnicos do laboratório, hoje, o diferencial será atrair parceiros comerciais para o desenvolvimento conjunto de novas tecnologias.

Cada um dos desafios será apresentado durante o Workshop: Parcerias Sirius, nesta sexta-feira, em Campinas-SP. O evento contará com a participação de 40 empresas convidadas pelo LNLS, com o objetivo de estabelecer um primeiro contato. Também será assinado nesta ocasião um protocolo de cooperação entre o Laboratório e a empresa WEG, como a primeira parceria consolidada para a construção do Sirius.

Participam do evento, o Secretário Executivo do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Rodrigues Elias; o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz; o Presidente do Conselho de Administração do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Pedro Wongtschowski, e o Diretor-Geral do CNPEM, Carlos Alberto Aragão e o Diretor do LNLS, Antonio José Roque da Silva.

No momento, o projeto está em fase de terraplanagem, iniciada no dia 28 de maio, numa área total de 150 mil m². Durante os próximos três meses, será realizada a movimentação de 180 mil m³ de solo. A construção do Sirius deve iniciar logo após essa etapa, em outubro deste ano, com previsão de conclusão em 2016. O Projeto será financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em conjunto com agências de fomento e outras instituições.

Fonte: CNPEM