Tecnologias de baixo impacto ambiental podem levar energia elétrica à comunidades isoladas

CIÊNCIAemPAUTA, por Laize Minelli e Cleidimar Pedroso.

Tecnologias de baixo custo e pouco impacto ambiental para geração de energia elétrica e que podem ser uma solução para comunidades desabastecidas e isoladas do Amazonas foram apresentadas à Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Inovação (SECTI-AM).

O secretário-executivo adjunto da SECTI-AM, Eduardo Taveira, recebeu o diretor comercial da Andritz Hydro, Joel de Almeida. Ele fez uma apresentação sobre o trabalho da corporação que fornece sistemas eletro-mecânicos e serviços para usinas hidrelétricas.

“A Andritz Hydro é a maior empresa do mundo em equipamentos para geração de energia hidráulica. Fazemos projetos para grandes e pequenas usinas. Achamos que aqui, no Amazonas, especialmente em Manaus, há muitos locais, comunidades isoladas, que podem ser atendidas por turbinas que podem suprir a demanda por energia elétrica usando apenas água”, disse. Almeida explicou que a Andritz desenvolve sistemas econômicos de energia dentro de conceitos ecológicos.

Presidente da Humanitare, Sheila Pimentel, secretário executivo adjunto, Eduardo Taveira, e o diretor comercial da Andritz Hydro, Joel de Almeida..(Foto: CIÊNCIAemPAUTA/ Cleidimar Pedroso)

Presidente da Humanitare, Sheila Pimentel, secretário executivo adjunto, Eduardo Taveira, e o diretor comercial da Andritz Hydro, Joel de Almeida..(Foto: CIÊNCIAemPAUTA/ Cleidimar Pedroso)

Para Eduardo Taveira, o tipo de tecnologia desenvolvido pela Andritz, pode ser aplicada no interior do Estado. “A reunião foi importante porque a questão de geração de energia elétrica no interior do Estado ainda é um grande gargalo para o desenvolvimento do Amazonas”, comentou.

Taveira destacou que as características da tecnologia desenvolvida pela empresa, que gera energia a partir do curso dos rios, com baixo custo e baixo impacto ambiental, são significativas para resolver o problema de desabastecimento de energia elétrica na região.

“É preciso agora que se aprofunde esse contato. Dentro de 30 dias deve ser realizada uma reunião com um grupo de pesquisa do Estado que trabalha com a geração de energia para vermos a viabilidade dessa tecnologia para a realidade da Amazônia”, destacou o secretário executivo adjunto. “A partir daí vamos construir alguns caminhos possíveis para onde podem ser aplicadas essa tecnologia”, destacou.

A reunião é necessária, de acordo com Taveira, para entender melhor como o processo de geração de energia pode ajudar nos problemas no Amazonas levando em consideração todas as particularidades da região como regime hidrológico e as distâncias geográficas entre as cidades.

Reunião ocorreu na Secti e contou ainda com a participação de representantes da Fapeam.(Foto: CIÊNCIAemPAUTA/ Cleidimar Pedroso)

Reunião ocorreu na Secti e contou ainda com a participação de representantes da Fapeam.(Foto: CIÊNCIAemPAUTA/ Cleidimar Pedroso)

HUMANITARE

A reunião contou com a participação de Sheila Pimentel, presidente do Humanitare, um organismo de inteligência estratégica que mobiliza a sociedade e a aproxima da Organização das Nações Unidas (ONU). O Humanitare foi criado para promover as ações e o calendário oficial da ONU, em coalizão com todos os setores da sociedade.

O ano de 2013 é para a ONU o ‘Ano Internacional de Cooperação pela Água’ e dedicado a conscientização sobre o manejo dos recursos hídricos, limitados em um mundo em que a demanda está em rápido crescimento.

“Como esse é o ano de cooperação pela água, a Amazônia representa o coração do mundo da água. Essa é a razão de estarmos nessa visita”, disse Pimentel.

Fonte: CIÊNCIAemPAUTA, por Laize Minelli e Cleidimar Pedroso.