Telebrás ou nova empresa deverá administrar todas as fibras federais
Juntamente com o pacote da banda larga popular, que vai ser implementado pelas concessionárias de telefonia fixa em 90 dias, o governo anunciou, no dia 30/06, que a Telebrás deverá passar a administrar todas as fibras ópticas do Sistema Eletrobras e, talvez, até da Petrobras. Isso significa que a oferta de capacidade para o mercado deverá ser bastante ampliada, favorecendo os acordos de troca de capacidade entre a estatal e as redes estaduais e municipais.
De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ele foi autorizado pela presidente Dilma Rousseff a buscar esta solução. Já houve um primeiro encontro para discutir a proposta e uma nova reunião entre Bernardo e Edison Lobão, ministro das Minas e Energia, já está agendada. A proposta técnica, de acordo com fontes do Minicom, já foi elaborada, e a questão agora é o acordo político entre os dois ministérios.
O que muda em relação à situação atual é que a Telebrás, que assinou acordo com a Eletrobras para o uso de dois a cinco pares de fibras de seu backbone óptico (dependendo do trecho), poderá vir a administrar todas as fibras que, em alguns trechos do backbone das elétricas, chega a 32 pares. Com a Petrobras, o acordo envolve a utilização de um par de fibras. Com isso, se ampliaria em muito a capacidade de oferta para atender ao mercado de telecom, mesmo que alguns pares fiquem reservados para o gerenciamento da rede elétrica.
O que também está em discussão é quem vai se encarregar do gerenciamento da rede óptica federal. Se a própria Telebrás ou se uma nova empresa de propósito específico, formada por Eletrobras e Telebrás.
Fonte: Wireless Mundi