Telecomunicações na Amazônia são tema de seminário da Fiam seminário da Fiam abc

O Sistema de Ciência e Tecnologia, capitaneado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Amazonas (SECT) realizou, durante todo o dia 26 de novembro um ciclo de palestras do Seminário Ciência, Inovação e Tecnologia para o desenvolvimento da Amazônia, como parte da programação da V Feira Internacional da Amazônia (Fiam 2009). Cumprindo o objetivo central da FIAM que é “superar os desafios através da inovação”, a SECT ofereceu para a comunidade acadêmica informações sobre como a Ciência e Tecnologia e Inovação podem ser aplicados a serviço do desenvolvimento da Amazônia.
 
Através de dois painéis de debates, cientistas, técnicos, professores discutiram as tecnologias de telecomunicações e a estratégias para o desenvolvimento da Amazônia. O Secretário de Ciência e Tecnologia do Amazonas, Marcílio de Freitas, destacou o papel da região no contexto internacional e a necessidade do Governo Federal e fortalecer sua atenção para o estado do Amazonas "Nós temos 3280 comunidades isoladas no estado do Amazonas. São cidadãos, como nós, que têm direito a ter acesso às políticas públicas brasileiras. É uma população é distribuída ao longo dos 62  municípios onde temos também 53% do nosso território em unidades de conservação e áreas indígenas que têm papel fundamental na disseminação das políticas públicas do estado.
 
O Brasil sem a Amazônia, sem as emissões de carbono, devido ao desmatamento e uso e ocupação do solo é 15° no ranking mundial de emissões de carbono. Com a inclusão da Amazônia, o Brasil sobe para o 5° lugar. Considerando que o Estado do Amazonas é um estado preservado e com uma contribuição quase nula para emissão de CO2 devido ao desmatamento. Hoje, o foco central do mundo deve ser a Amazônia. Então, devemos nos preocupar em como ocupar, como integrar a Amazônia no projeto nacional. Por isso essas contribuições que estamos tendo hoje são fundamentais para mostrar os caminhos mais seguros a serem tomados por nós aqui na Amazônia.São importantes para que os gestores brasileiros saibam  formar novas perspectivas para desenvolver a região”, ressaltou o secretário.
 
O seminário “Tecnologias de telecomunicações e plataformas de programas socioambientais para os trópicos" abriu as discussões do dia com a palestra do coordenador do Programa Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Dalton de Morrison Valeriano. O coordenador do INPE explicou como funciona o sistema de monitoramento por satélite na Amazônia, considerando o desafio devido à grandiosidade da região. Valeriano explicou que, inicialmente, o serviço aplicado por instituições internacionais era supervalorizado financeiramente, considerado uma atividade cara e inacessível ao grande público. Mas, o avanço tecnológico e aplicação de novas técnicas de monitoramento possibilitaram que o grande público tivesse acesso as imagens captadas pelos satélites e conhecimento imagético do que ocorre na região amazônica. “Afinal, é a sociedade que paga, somos todos nós aqui que pagamos pelo satélite. Não é justo que tenhamos que pagar para comprar as imagens geradas pelo satélite”, salientou.
 
Hoje, o Banco de imagens da Amazônia ultrapassa 800 mil unidades e podem ser geradas de forma gratuita.  O programa MSat vai fazer parte do programa sentinela. “Hoje somos o maior distribuidor de imagens, celebramos um milhão de imagens e fizemos uma enquete da maneira de como esses dados estão sendo utilizados. Foi uma iniciativa que garantiu 23% de geração de emprego”, informou.
 
Dalton acrescentou que o país possui três sensores em funcionamento e mais um será lançado até 2011. “Temos, no momento três sensores com alcance de 900 k e 250 metros. Outra coisa que nos possibilitou foi o arquivamento de dados”.
 
Para o futuro ainda há a previsão de alcançar uma faixa maior de monitoramento da Amazônia. “Temos o programa com Alemanha para construir um sistema de radar de monitoramento florestal a partir de 2012 esperamos monitorar uma faixa maior da floresta amazônica”, disse.
 
O coordenador do INPE foi seguido pelo coordenador de negócios do Orbisat da Amazônia Indústria e Aerolevantamento S.A, Alfred Volkmer. Durante a palestra de uma hora, o coordenador explicou como funciona o processo de monitoramento através de radares.“Atuamos basicamente em três áreas: sensoriamento remoto por radar; radares de vigilância produtos eletrônicos. Nós estamos fazendo exatamente um projeto de cartografia da Amazônia. Acho que é uma contribuição bastante concreta que estamos fazendo agora. Existem dificuldades que conseguem ser dominadas. Por exemplo, nós usamos radares aerotransportados. “Então para cobrir a Amazônia toda temos que ter uma série de lugares para podermos pousar os aviões para realizar os monitoramentos”, concluiu Volkmer.
 
Já a palestra do Diretor da Associação Brasileira de Telecomunicações, Alexandre Tosoni de Mentzingen fez um desdobramento sobre as tecnologias de telecomunicação existentes a favor do progresso regional. Alexandre explicou que hoje em dia a as tecnologias de telecomunicações se desenvolvem velozmente “Hoje não há progresso sem que haja uma tecnologia de desenvolvimento das telecomunicações que estão em tudo o que imaginamos, em todas as atividades”, ressaltou.
 
Ascom da Sect/Am