UEA apresenta robô humanoide

As próteses que serão testadas com o auxílio do robô são de origem vegetal, de espécies amazônicas, em substituição aos materiais sintéticos, como a fibra de carbono, o que deve baratear a produção das mesmas. Foto: Denison Silvan

Com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) apresentou, nesta terça-feira (29), um robô humanoide que será usado no desenvolvimento de próteses de membros inferiores pelo Núcleo de Tecnologia Assistiva da universidade. Fabricado na França, o robô mede cerca de 40 centímetros de altura e reproduz com muita facilidade os movimentos do corpo humano, tendo, inclusive, ensaiado os passos da música “Macarena”. Provisoriamente chamado pela marca de fábrica, Nao, a UEA planeja fazer um concurso para escolher o nome do novo “colaborador” do centro de pesquisas.

A cerimônia de apresentação contou com a presença do reitor da UEA, Cleinaldo Costa; vice-reitor, Raimundo Barradas; e dos professores Edmilson Bruno da Silveira e Marlene Araújo, respectivamente, membro e coordenadora do Grupo de Tecnologia Assistiva da UEA. Na ocasião, o titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (SECTI-AM), Odenildo Sena, que foi representado por Moisés Coelho e da diretora-presidenta da Fapeam, Maria Olívia Simão, pelo assessor da Presidência, Edilson Soares.

O projeto da UEA, que está sendo coordenado pela professora Marlene Araújo, conta com os recursos financeiros do Programa Pró-Assistir/Viver Melhor, uma iniciativa do Governo do Estado, via Fapeam, que apoia projetos de pesquisa que visem ao desenvolvimento de produto ou protótipo de produto de tecnologia assistiva para promoção da funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, objetivando a sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.

Adquirido com recursos do Programa Pró-Assistir/Viver Melhor, o robô humanoide permitirá que as hipóteses da tese de doutorado da coordenadora possam ser testadas, pois sua forma permite reproduzir com fidelidade os movimentos do corpo humano. As próteses que serão testadas com o auxílio do robô são de origem vegetal, de espécies amazônicas, em substituição aos materiais sintéticos, como a fibra de carbono, o que deve baratear a produção das mesmas.

Segundo a proposta apresentada pela UEA, os beneficiários diretos serão os pacientes com membros inferiores amputados, usuários do Sistema único de Saúde (SUS), além dos próprios pesquisadores e profissionais das áreas de saúde e tecnologia, que irão se beneficiar com essa nova tecnologia. O reitor Cleinaldo Costa acredita que a função de uma instituição universitária seja exatamente essa, a de levar soluções práticas para aqueles que dela necessitam. “Com este projeto, o Amazonas está na vanguarda do processo de inovação tecnológica na área de saúde, o que nos permite unir tecnologia com qualidade de vida”, avalia Costa.

Fonte: Agência Fapeam, por  Denison Silvan