UEA, Inpa e Max Planck assinam convênio para implantação do ATTO
O convênio foi assinado na tarde desta terça-feira, 27, no gabinete da Reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e possibilitará a construção de cinco torres (uma com 320 metros e quatro com 60 metros de altura) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de São Sebastião do Uatumã, no Estado do Amazonas.
Trata-se da implantação do Programa Amazonian Tall Tower Observatorium (ATTO), já autorizado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que transformará, a partir de 2011, o Estado do Amazonas no maior e mais importante centro mundial de medidas e observações científicas em estudos atmosféricos integrados em regiões tropicais.
Para o reitor da UEA, professor, Carlos Eduardo, a assinatura desse convênio servirá como complemento às atividades de investigação de cursos ligados às ciências climáticas executados pela universidade, como o curso superior de Meteorologia e o Programa de Pós-Graduação (mestrados e doutorados) em Clima e Ambiente (em parceria com o Inpa). “Além disso, é de fundamental importância para a região. Pois, será um sítio experimental que funcionará como referência mundial para estudos de florestas tropicais úmidas”, completou o reitor.
Executado por meio de parceria entre Brasil e Alemanha, os dois países já definiram o valor dos recursos destinados ao Programa Amazonian Tall Tower Observatorium (ATTO), a serem aplicados até 2011. O investimento será de 8 milhões de euros, sendo 50% provenientes do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e 50% da Alemanha. E ficará sob a responsabilidade institucional da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Max Planck de Química e do Inpa.
As torres serão equipadas com instrumentação tecnológica de alta precisão para experimentos científicos e monitoramento atmosférico contínuo. Atualmente existe uma torre similar na Sibéria / Rússia com uso mais restrito e menos abrangente sob o ponto de vista científico.
Estas torres vão possibilitar o desenvolvimento de pesquisas e inovações tecnológicas dirigidas à quantificação do grau de participação da Amazônia nos processos de estabilidade ecológica do planeta, em especial do grau de influência da Amazônia nos processos da química, física e das estabilidades climática e termodinâmica da atmosfera planetária, em especial no papel da Amazônia no processo de emissão e absorção dos gases-estufa em âmbito regional e planetário.
Também possibilitarão a criação de novos elementos para melhor compreensão da importância da Amazônia no ciclo hidrológico e em outros ciclos biogeoquímicos importantes para as estabilidades ecológicas da região e do planeta.
Medidas de gases estufa como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) assim como experimentos em física da atmosfera e em processos ecológicos constituem a razão principal deste empreendimento importante para aferição dos serviços ambientais na Amazônia.
Fonte: UEA