Projeto da Ufam é premiado com medalha de ouro nos EUA

Equipe da Ufam é premiada nos EUA pelo projeto de Biologia Sintética. Foto: Ufam

Durante cinco dias estudantes de todas as partes do mundo se reuniram no Hynes Convention Centre, em Boston, para uma das mais importantes competições acadêmicas de biologia sintética, o iGEM (sigla em inglês para Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas).

Foram mais de 2.300 estudantes de graduação, mestrado e doutorado vindos de instituições do mundo inteiro, entre elas Harvard, Oxford, Cambrigde, MIT e Universidade Federal do Amazonas.

O Amazonas foi representado pelas estudantes Paloma Fernandes, a mestranda Lais Gomes e Luna Lacerda, recentemente graduada em Biotecnologia pela Ufam.

Luna acredita que a poluição dos rios pelo mercúrio além de um problema regional muito sério é também uma questão mundial. “Temas relacionados à Amazônia ganham destaque lá fora, o nosso projeto se mostrou útil e inovador, nos levando até a medalha de ouro”, pontuou a jovem manauara de 24 anos que deve seguir para o doutorado na Europa em 2015.

O professor de Engenharia Genética, Carlos Gustavo Nunes, orientador do projeto que envolveu 15 estudantes no laboratório da Ufam, explica que o sistema além detectar e colher também elimina o mercúrio inserido nos rios. “Em lugares onde há grandes níveis de mercúrio existe a possibilidade de contaminação, e isso pode ser danoso para as populações ribeirinhas, visto que o excesso de mercúrio no organismo pode comprometer órgãos vitais como cérebro, rins e fígado”. O tutor também destaca além do apoio da Universidade Federal do Amazonas, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) no custeio das passagens.

A Ufam, sendo a única instituição brasileira e receber medalha de ouro na competição se consolida internacionalmente como importante centro de pesquisas na área da Biologia Sintética. Universidades brasileiras como USP, UNESP e UFMG também participaram do evento.

iGEM

A competição é voltada para a Biologia Sintética, que nada mais é que a reprogramação de seres vivos para fins úteis. O evento teve início no renomado MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) e esse ano aconteceu do dia 30 de outubro e 3 de novembro na cidade americana de Boston.

O iGEM mistura ciência de ponta e juventude, a idade máxima entre os estudantes é 25 anos e segundo o professor Carlos Gustavo o caráter competitivo do evento é pouco observado, pois as equipes interagem colaborando mutuamente em seus projetos independente das diferenças geográficas e culturais, criando um ambiente científico de respeito e cooperativo.

Fonte: ACrítica