Parceria visa criação de Centro de Estudos Estratégicos da Amazônia
Diante da constatação de que a maioria das políticas voltadas para a Amazônia são elaboradas fora da Amazônia, pesquisadores e integrantes do Exército perceberam a necessidade de um grupo permanente para avaliar e encaminhar as demandas estratégicas da Amazônia. Na manhã da última quinta-feira (14), a reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professora Márcia Perales, recebeu em seu gabinete representantes do Exército para firmar a parceria para a criação do Centro de Estudos Estratégicos da Amazônia.
“Já desenvolvemos outras atividades em parceria com o Comando Militar da Amazônia e convidamos o Exército para ser um dos parceiros principais desse projeto porque acreditamos que trabalhar de forma integrada é estratégico para o desenvolvimento regional. A Universidade tem que agregar. O próximo passo será convidar o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para otimizar esse trabalho em rede”, declarou a reitora.
O Pró-Reitor de Extensão e Interiorização, professor Frederico Arruda, destacou a preservação do patrimônio genético e a gestão das unidades de conservação amazônicas como algumas dessas demandas estratégicas. “A ideia é que seja um centro que permita um olhar estratégico sobre a Amazônia, o que não significa belicoso. O que se pretende com esse grupo é um aprofundamento de estudos que resultem em propostas e soluções para os problemas amazônicos”, explicou o Pró-Reitor.
Para o Comando Militar da Amazônia, o grupo é questão de defesa dos interesses nacionais. “A noção de Defesa vai além da farda e permeia todos os setores da sociedade. Os assuntos ligados à Defesa não são exclusivos dos militares, mas é uma prerrogativa de toda a sociedade brasileira. Tudo o que fazemos aqui na Amazônia tem algum viés da parte de defesa. Por exemplo, quando falamos da Política indígena e das vulnerabilidades que as comunidades indígenas sofrem com relação à influência do narcotráfico, nós não estamos falando só da parte militar, mas da defesa da sociedade civil. Quando elaboramos projetos de Infraestrutura, abordamos Defesa, pois ao fornecer infraestrura, garantimos que o Estado brasileiro esteja mais presente e realize seu trabalho de fomentar oportunidades de empreendimentos”, disse o Coronel Daniel Viana Peres.
Ele também comentou a parceria com a Ufam neste novo projeto. “A parceria do CMA com a UFAM sempre existiu. A criação desse Centro é mais uma oportunidade de incrementarmos essa união. O Comando Militar da Amazônia, de acordo com a diretriz do General Villas Boas, sempre teve a intenção de participar dos estudos dos problemas amazônicos e de estruturar uma política para a Amazônia, que é uma região prioritária e importante”.
Fonte: Ascom/ Ufam