Sistema Público Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas completa 10 anos
Criado com o objetivo de promover o desenvolvimento científico no Amazonas, o Sistema Público Estadual de Ciência e Tecnologia completa 10 anos neste mês de janeiro. Em uma década de atuação, o sistema vem contribuindo na articulação de instituições para implementar programas estruturantes de CT&I, na capacitação de recursos humanos, na promoção de pesquisas em áreas estratégicas e na difusão de conhecimento científico, tecnológico e de inovação.
O sistema é composto pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM) e pelas instituições a ela vinculadas: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Centro de Educação Tecnológico do Amazonas (Cetam).
De acordo com o titular da SECTI-AM, Odenildo Sena, antes da criação do Sistema Público Estadual de C&T, as ações de ciência e tecnologia aconteciam muito timidamente, com a contribuição das agências federais. Ao lado disso, havia um número muito pequeno de pesquisadores com titulação de doutor.
“Para se ter ideia, em 2002 contávamos com aproximadamente seiscentos doutores, que concorriam de forma desigual em editais nacionais. Dez anos depois, com a criação do Sistema Público Estadual de C&T, pelo então governador Eduardo Braga, que vem tendo forte continuidade no governo Omar Aziz, o quadro é totalmente diferente”, destacou.
Sena enfatizou a presença do Governo do Estado em todas as instituições estadual de ensino e pesquisa com ações que alavancam e estimulam o envolvimento e a formação de novos pesquisadores doutores, recursos humanos em todos os níveis, adequação e modernização de infraestrutura e inovação tecnológica. “O fato é que, ao longo dos últimos dez anos, o Amazonas conquistou destaque nacional em investimentos em CT&I e, como sempre repito, passou a fazer parte efetiva do mapa da ciência brasileira”, concluiu.
MARCO PARA A CIÊNCIA NO AMAZONAS
Para a diretora-presidenta da Fapeam, Maria Olívia Simão, o cenário de Ciência, Tecnologia e Inovação no Estado foi nítido e fortemente modificado a partir da atuação do Sistema Público Estadual de CT&I. “Esta transformação se observa facilmente quando se transita pelos corredores e laboratórios das instituições de ensino e pesquisa do Estado, ao visitar as mais de 90 micro e pequenas empresas apoiadas pela Fapeam, ao adentrar nos pátios e salas de aula das escolas que recebem auxílio financeiro e bolsas de estudos, ao encontrar pesquisadores com perfis competitivos em nível nacional e internacional, ao perceber a formação de jovens mais preparados para os desafios gigantescos postos para o Estado e quando se veem redes de pesquisas mais consolidadas no Amazonas, inclusive, com forte interface com as melhores instituições do País e do exterior”, enfatizou Simão.
Segundo a vice-reitora da UEA, Marly Guimarães, a criação do Sistema Público Estadual de CT&I foi um marco para a história do Amazonas porque veio para atender um anseio de longa data pela existência de um canal de diálogo entre a comunidade científica e as políticas públicas. “Hoje o pesquisador não se imagina sem o apoio local que é dado pela SECTI e Fapeam. Isso mostra a consolidação do Sistema ao longo desses 10 anos”, complementou Guimarães.
A diretora-presidenta do Cetam, Joésia Pacheco, referindo-se à educação profissional, salientou a contribuição do Sistema na formação profissional técnica de cerca de 20 mil jovens no interior do estado, nas mais diversas áreas. “Um dos significativos resultados obtidos foi a ampliação das oportunidades de desenvolvimento para o interior do estado, inclusive com a capacitação profissional, por meio da qual diversas tecnologias puderam ser desenvolvidas e disseminadas entre a população” ponderou.
NÚMEROS COMPROVAM CONSOLIDAÇÃO DO SISTEMA PÚBLICO ESTADUAL DE C&T
|
2002 |
2003 |
2012 |
Crescimento |
Pesquisadores |
790 |
3.827 |
431% |
|
Doutores |
619 |
2.037 |
200% |
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Programas de Pós-graduação |
19 |
54 |
180% |
|
Bolsas de iniciação científica |
260 |
1.464 |
463% |
Fonte: Plano Tabular do CNPq e Painel Lattes.
CIÊNCIAemPAUTA, por Mirinéia Nascimento